Vídeo: Mães de autistas comentam evolução dos filhos ao praticarem Equoterapia

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Na produção das matérias para o Dia das Mães, a reportagem se deslocou ao Parque de Exposições Luiz Fernando Abreu Ferreira (Pé Vermelho), onde é realizada sessões de Equoterapia, disponibilizadas pela União dos Autistas de Palmas e Região (UAPAR).

No local, a repórter conversou com Dona Liliane Wurmstich, que tem dois filhos, o Ruan, com 17 anos, diagnosticado com autismo nível 2 (moderado) que frequenta a Equoterapia, há 16 meses, uma vez por semana, por 30 minutos. Nesta sessão, o aluno fez com o cavalo, carinhosamente chamado de Golf, conduzido pelo José Mario (Tio José) e a responsável pela Equoterapia, Fisioterapeuta, Anayra Federizzi. No transcorrer da sessão ele demonstrou ficar mais calmo, alegre e seguiu o que a fisioterapeuta lhe informava.

A mãe explicou que o Ruan também faz outras atividades complementares. Seu outro filho, o Otávio, que ainda está em processo de avaliação e depende do Laudo, mas, segundo ela informou, 90%, indica que é autista.

“Sinceramente, a UAPAR, faz a diferença na minha vida e dos meus filhos. No início até tinha um pouco de medo da exposição das crianças porque existe preconceito, as pessoas julgam muito e as vezes até condenam a mãe por não saber lidar com determinadas situações. Porém, fazendo parte da UAPAR, isso mudou, porque começou a ser divulgado mais sobre o Autismo e as pessoas começaram a compreender mais sobre o assunto e dar mais chances para nossas crianças, ter empatia”.

Sobre essa data especial, ela desejou um Feliz Dia das Mães e para que continuem com a força e coragem lutando pelos seus filhos. “Agradeço a UAPAR do meu coração, pois, a Equoterapia faz um bem muito grande para meu filho, quando ele não pode vir fica muito nervoso. Que Deus abençoe a todos vocês”, disse alegre.

  • Mãe destaca o desenvolvimento de seu filho ao participar da UAPAR e fisioterapeuta ressalta as atividades desenvolvidas  

Se referindo ao Dia das Mães e o que representa ser a genitora de um autista, a reportagem para saber a resposta entrevistou a Verônica Rodrigues, mãe do Artur, comentou sobre o momento difícil ao receber o resultado do Laudo, que atestou o Autismo de seu filho.

“O resultado saiu ano passado, não tive muito apoio, pelo SUS é mais difícil e não tem especialistas em Palmas, apenas em Pato Branco, há uma dificuldade no deslocamento”, pontuou e ressaltou que na UAPAR seu filho tem um tratamento diferente, “ele reclama para vir, mas depois não quer ir embora, é bem acolhido. Gosta de brincar com o Golf (cavalo) e com a Tia Ana”, disse a mãe alegre.

Revelou também que ao ver seu filho feliz flui um sentimento de ternura, diferente, segundo ela, do que ocorre em alguns lugares, comércios, onde nota olhares diferentes.

Confidenciou que a maternidade tem suas fases fáceis e outras nem tanto. “Ter uma criança autista em casa tem suas dificuldades, todo dia está de uma maneira diferente, por isso as mães tem que ter muita paciência e não desistir, porque vivemos por eles”, frisou.

Seu pedido especial para o Dia das Mães é que as mães e os autistas tenham mais acolhimento e apoio da sociedade.

Equoterapia

“O trabalho que realizamos com os autistas envolve a coordenação motora, utilizando o cavalo como instrumento principal e trabalhamos a parte comportamental seguindo a avalição que foi realizada. Nos autistas é difícil ter um problema motor, é mais cognitivo e sempre alcançamos resultados muito bons, se socializam entre eles. Tem crianças que demoraram um ano para me dar um abraço”, contou a responsável pela Equoterapia, Fisioterapeuta, Anayra Federizzi e comentou que as avós e as mães são fundamentais nessa interação. “No sábado, às 14h, iremos realizar um evento, no Parque de Exposições para o Dia das Mães e solicitamos a presença das avós que também trazem as crianças e fazem o papel de mãe”, argumentou e revelou que junto com sua colega Morgana sentem-se acolhidas pelas famílias e vice versa. “Elas, comentam quando estão conosco é uma terapia, pois, infelizmente, o preconceito ainda existe, é muito difícil. Não sou mãe, porém, costumo dizer que sou mãe dos meus anjinhos azuis”, revelou com semblante feliz.

Dia das Mães

No que diz respeito ao Dia das Mães, Anayra, pediu que a sociedade tenha um olhar diferenciado para os autistas e seus familiares. “Neste ano tivemos uma grande conquista que foi a Caminhada Azul, sinto que o comércio e a população está tendo uma visão diferenciada, a causa do autista tem que ter essa visibilidade e o autista merece respeito”, ressaltou ela e ao final da entrevista deixou um abraço para as mães, pelo seu dia e para as avós, “podem sempre contar com a UAPAR”.

Imagem de destaque - TV A Folha