Pesquisas avançadas, laboratórios modernos, novas culturas e experiências de vida transformadoras. Com apoio do Governo do Estado, estudantes e professores das universidades paranaenses públicas e privadas estão ultrapassando fronteiras geográficas e científicas por meio da nova modalidade do programa Ganhando o Mundo, que já firmou parcerias com instituições de ensino superior de seis países e conta com investimento de R$ 11 milhões para concessão de 100 bolsas de iniciação científica e 100 de pós-doutorado.
Inspirada no modelo voltado a alunos do Ensino Médio, a nova vertente, chamada Ganhando o Mundo da Ciência, é coordenada pela Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O programa original, criado em 2019, já levou 1.240 adolescentes ao Exterior e tem outros 2 mil com viagem garantida neste ano. Agora, a versão voltada ao ensino superior amplia o alcance com foco na internacionalização da ciência paranaense, por meio de parcerias para intercâmbio acadêmico com instituições do Canadá, Japão, França, Holanda, Itália e Índia.
Atualmente, os órgãos estaduais trabalham na oficialização de novas parcerias com universidades da China, Austrália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Singapura, Moçambique, Polônia e Finlândia, além de novas instituições canadenses. Para participar do programa, os interessados devem atender aos critérios definidos em edital, além de diretrizes específicas de cada universidade parceira. No caso dos estudantes, é necessário estar regularmente matriculado em cursos de graduação ou pós-graduação, participar de projetos de pesquisa com orientação docente, possuir bom desempenho acadêmico e comprovar proficiência no idioma do país de destino. Os professores devem atuar como orientadores em projetos de iniciação científica ou desenvolver atividades de pós-doutorado. A seleção é realizada por chamada pública, com avaliação do mérito técnico-científico do projeto, aderência à área temática da instituição parceira e proficiência no idioma exigido pela universidade.
Segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, além do benefício direto aos intercambistas, a iniciativa contribui com o processo de internacionalização das universidades paranaenses. Ele lembrou que o Paraná é um dos estados que mais fornece bolsas de iniciação científica, com quase 5 mil bolsistas, sendo metade deles estudantes de universidades públicas estaduais. “A ciência e a tecnologia dependem muito de parcerias e projetos de cooperação em nível nacional e internacional, tanto é que os países que despontam como líderes na produção de riquezas por meio do avanço científico possuem instituições de ensino muito internacionalizadas”, afirmou Wahrhaftig.
“O Paraná tem uma rede de pesquisadores muito robusta para os padrões brasileiros e do hemisfério Sul e, com o Ganhando o Mundo da Ciência, estamos fomentando o intercâmbio em áreas estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico do Paraná. Por isso, buscamos países e instituições de ensino específicas atreladas às necessidades estaduais”, acrescentou o presidente da Fundação Araucária.
Entre os campos prioritários para esse intercâmbio estão, por exemplo, tecnologias voltadas ao agronegócio (agrotecnologia), o uso sustentável de recursos biológicos para geração de produtos e energia (bioeconomia), a aplicação de ferramentas genéticas para melhorar a produção agrícola (agrogenômica) e o uso da genômica para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças (genômica aplicada à saúde). Esses temas têm se destacado no Paraná por seu potencial de impacto no desenvolvimento regional e devem seguir ganhando importância nos próximos anos.
Todas as despesas dos selecionados são custeadas pelo Governo do Estado, incluindo a passagem aérea, visto, seguro médico, auxílio-moradia e acomodação. Os alunos também recebem uma ajuda de custo mensal no período que durar a experiência internacional. Mais informações sobre as edições do programa estão disponíveis no site da Fundação Araucária ou pelo e-mail internacionalizacao@fundacaoaraucaria.org.br.