O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou luto oficial de sete dias no Paraná pelo falecimento do Papa Francisco, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (21), em sua residência oficial na Casa Santa Marta, no Vaticano. A causa da morte foram complicações de uma pneumonia recente, que o deixou internado por cerca de 40 dias. A ordem será oficializada pelo governador em exercício, Darci Piana. Ratinho Junior lamentou a perda e destacou o legado de Jorge Mario Bergoglio, de 88 anos, que liderou a Igreja Católica mundial por 12 anos. “Papa Francisco foi um exemplo de humanidade, fé e sabedoria. Seus ensinamentos inspiraram o mundo. Teremos sempre na memória a imagem de alguém que trabalhou incansavelmente pela paz e união entre os povos”, afirmou o governador.
Ratinho Junior ressaltou ainda a relevância histórica de Francisco, que foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a assumir o cargo mais alto da Igreja Católica. “A sua partida deixa um vazio no peito daqueles que defendem o bem ao próximo, a caridade, a compaixão e o amor. Vá em paz, Santo Papa. Os paranaenses jamais vão esquecer do seu legado, da sua sabedoria e do seu compromisso em fazer o bem. Os meus sentimentos à comunidade católica nesse momento de profunda dor”, acrescentou.
O governador lembrou de seu encontro com o Papa Francisco em junho de 2022, durante uma Audiência Geral no Vaticano. Na ocasião, acompanhado da 1ª dama Luciana Saito Massa, do arcebispo emérito de Maringá, dom Anuar Battisti, e padres paranaenses, Ratinho Junior entregou ao pontífice uma homenagem contendo um símbolo do Paraná. “Foi um momento especial poder falar com a Sua Santidade, representando meu Estado e todos os paranaenses”, declarou o governador na época.
Darci Piana, governador em exercício, também lamentou a morte do líder católico. “Jesuíta, Papa Francisco marcou a história com sua simplicidade, humanidade e coragem de aproximar a Igreja das pessoas. Seu legado de amor, humildade e diálogo permanecerá vivo nos corações do mundo inteiro”, afirmou.
HISTÓRIA – Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, filho de imigrantes italianos. Ele ingressou na Companhia de Jesus e foi ordenado sacerdote em 1969. Em 1996, tornou-se arcebispo de Buenos Aires e, em 2001, foi elevado a cardeal pelo Papa João Paulo II. Sua trajetória eclesiástica foi marcada pela humildade, simplicidade e dedicação aos mais necessitados. Além de sua carreira religiosa, foi professor em colégios e universidades, sendo formado em Filosofia e Teologia. Ele foi eleito Papa em 13 de março de 2013, adotando o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, reforçando seu compromisso com a justiça social e o combate à pobreza.
À frente do Vaticano, destacou-se por promover uma Igreja inclusiva e próxima dos marginalizados, abordando questões como imigração, desigualdade e meio ambiente. Desde o início de seu pontificado, manteve uma forte conexão com a América do Sul. Prova disso foi sua escolha do Brasil como destino de sua primeira viagem internacional, em julho de 2013, durante a 28ª Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele visitou comunidades em situação de vulnerabilidade e reforçou mensagens de esperança e solidariedade.