Papa Francisco apresenta leve melhora em pneumonia e segue estável, afirma Vaticano

Papa Francisco apresenta leve melhora em pneumonia e segue estável, afirma Vaticano
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A condição de saúde do papa Francisco, que está com pneumonia em ambos os pulmões, apresentou leve melhora nas últimas 24 horas, segundo comunicado divulgado pelo Vaticano nesta quarta-feira (26). Ainda de acordo com a Santa Sé, o quadro clínico do pontífice não é mais considerado grave, apesar do prognóstico seguir sendo tratado com cautela.

A tomografia computadorizada realizada na terça-feira (25) demonstrou evolução normal no quadro pulmonar. Além disso, não há mais sinais de insuficiência renal leve, que havia sido identificada nos dias anteriores. Os exames de sangue confirmaram a estabilidade do estado de saúde. Francisco segue recebendo oxigênio em alto fluxo e não apresentou crises respiratórias asmáticas nas últimas 24 horas. O tratamento inclui fisioterapia respiratória, e ele continua submetido às mesmas medicações adotadas desde o início da internação.

Na manhã desta quarta-feira, o Vaticano informou que o papa, de 88 anos, teve “uma noite tranquila” no hospital Agostino Gemelli, em Roma. Ele tomou a eucaristia pela manhã, trabalhou por algumas horas à tarde e segue alimentando-se normalmente. Apesar da dispensa de termos como “quadro grave” no comunicado mais recente, fontes internas do Vaticano ressaltaram que isso não caracteriza necessariamente uma mudança na avaliação médica oficial. A possibilidade de uma entrevista com os médicos que acompanham o pontífice até o fim da semana não foi descartada.

Este já é o período mais longo de internação de Jorge Mario Bergoglio desde que assumiu como papa em 2013. Até então, o maior tempo de internação havia sido em julho de 2021, quando ficou dez dias hospitalizado para uma cirurgia intestinal eletiva. Mesmo debilitado, o papa permanece no comando da Igreja Católica, embora com atividades públicas reduzidas. Ele chegou a manter, na última segunda-feira (24), uma audiência com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e com o arcebispo Edgar Peña Parra, seu auxiliar. Durante essa reunião, assinou decretos relativos a canonizações, beatificações e à mensagem especial para o período de Quaresma.

O boletim médico publicado na noite de terça-feira já indicava ausência de novas crises respiratórias e resultados estáveis nos exames. No entanto, naquele momento, o quadro ainda era descrito como grave. No fim de semana, o agravamento da saúde de Francisco incluiu uma crise respiratória prolongada, que obrigou a uma transfusão de sangue no sábado (22). Desde então, não houve novos episódios similares. A pneumonia dupla diagnosticada no pontífice foi atribuída a infecção complexa, causada por múltiplos micro-organismos, de acordo com o Vaticano. Essa condição é agravada por um histórico de saúde que torna Francisco mais vulnerável a doenças respiratórias, já que teve pleurisia na juventude e precisou retirar parcialmente um dos pulmões.

Enquanto a recuperação do papa prossegue, a tradição de emitir novos documentos se manteve. Nesta quarta-feira, foi publicada uma edição da Catequese que já estava previamente preparada. Normalmente, o pontífice comparece pessoalmente às cerimônias de divulgação do documento, mas sua ausência foi compensada pela manutenção da rotina de publicação.

Em Roma, fiéis seguem em oração pela saúde do papa. Na noite de terça-feira (25), o cardeal filipino Luis Antonio Tagle liderou a recitação do Rosário na praça São Pedro, em iniciativa semelhante à realizada na segunda-feira, conduzida pelo cardeal Parolin. Segundo o Vaticano, não foi estabelecida uma ordem fixa para os celebrantes, e as escolhas dependem de conveniência logística, sem que tenha havido convocação extraordinária de religiosos até o momento.

Imagem de destaque - TV A Folha
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