Aproximadamente um ano após o falecimento de Dom Carlos, há a nomeação do segundo bispo diocesano, sendo nomeado no dia (16) de fevereiro de 1970, por Papa Paulo VI, para o ofício, o Frei Agostinho José Sartori, OFMCap. Nascido em 29 de maio de 1929, recebeu a ordenação diaconal em 29 de março de 1952; em 15 de agosto de 1952 recebeu a ordenação sacerdotal. O Frei Agostinho exercia seu ministério inserido em sua congregação da Ordem Frades Menores Capuchinhos da Província de Curitiba. A ordenação episcopal ocorreu em Curitiba no dia 26 de abril de 1970. Sendo então, que no dia 14 de junho de 1970, Dom Agostinho José Sartori, toma posse na diocese de Palmas. Dom Agostinho trabalhou em vários ofícios enquanto presbítero, tanto que foi: Assistente e professor no seminário menor de Riozinho (PR), de 1953 a 1955; – Professor no Instituto Filosófico e Teológico, Mercês – Curitiba, de 1955 a 1958; – Cursou Direito Canônico na Universidade Gregoriana de Roma, entre nove de outubro de 1958 a 28 de fevereiro de 1961; – Diretor dos estudantes Capuchinhos de Teologia, Mercês – Curitiba, de 1961 a 1965; – Presidente da Conferência dos religiosos Sul II – Pr, de 1964 a 1967; – Ministro Provincial dos Padres Capuchinos do Paraná e Santa Catarina, de 1967 a 1970
Um fato marcante na história da Igreja de Palmas, como também do povo palmense, ocorreu em 1972. Trata-se do orgulho de Palmas, sua mais bela Igreja, se tornara pequena, para receber os fiéis. A solução foi a sua demolição para a construção de uma nova Igreja. Neste ano, para dar lugar à atual Igreja Catedral em estilo triângulo piramidal deu-se seu desmanche. A respeito da Catedral, Pe. Leopoldo descreve que: Sua construção esteve a cargo do Pe. Natalício José Weschenfelder, e foi inaugurada em 1978. Podemos dizer que a Catedral do Senhor Bom Jesus Da Coluna dos Campos de Palmas foi sempre o lugar de devoção do povo, que tem em grande devoção o seu Padroeiro, e cada ano lhe dedica a novena e o dia da festa. Podemos dizer, é o ponto de união do povo palmense.
Com Dom Agostinho à frente da Diocese, houve um enfoque de maior amplitude pastoral, com a criação de paróquias, inserção de movimentos, um trabalho de evangelização proposto na efervescência do Concílio Vaticano II, o que o levou a levantar várias pastorais, inclusive no Paraná. Destaca-se que Dom Agostinho fora um homem de pulso firme, de muita maturidade e que soube pensar o conjunto entre fé e vida.
Outro ponto marcante na história diocesana foi a criação da Concatedral em Francisco Beltrão, que implicou na mudança de nome, a diocese passa a ser chamada de Palmas – Francisco Beltrão. Aconteceu que, “Em 7 de janeiro de 1987, pelo Decreto “Cum Urbis”, emitido pela Sagrada Congregação dos Bispos de Roma, foi criada a Concatedral de Francisco Beltrão. Pelo mesmo decreto, a Diocese passou, então, a chamar-se “Diocese de Palmas e Francisco Beltrão”.
Dom Agostinho, por sua vez também se empenhou demasiadamente na evangelização e construção da diocese.
Por volta de 1995, Dom Agostinho demonstra instabilidade em sua saúde, isto somado a grande territorialidade da diocese, veio a preocupação por um auxiliar. Então, o Papa João Paulo II nomeou o bispo auxiliar de Palmas-Francisco Beltrão em 12 de junho de 1996, Dom Luiz Vicente Bernetti. Nascido em 24 de março de 1934, na Itália, foi nomeado Bispo Auxiliar de Palmas – Francisco Beltrão, aos 12 de junho de 1996. Sua Ordenação Episcopal foi no dia 25 de agosto de 1996 e sua posse foi dia 01 de setembro de 1996. No dia 02 de fevereiro de 2005, Dom Luís foi nomeado Bispo Diocesano de Apucarana (PR), pelo Papa João Paulo II, deixando as suas funções na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão.
Dom Agostinho, ao completar 75 anos, destes, 35 anos à frente da Diocese de Palmas – Francisco Beltrão pede sua renúncia, passando a ser Bispo Emérito. O XIV Plano Diocesano da Ação Evangelizadora (2011) contempla a figura de Dom Agostinho:
Com D. Agostinho José Sartori, a partir de 1970, iniciou-se outro período para a evangelização na diocese. Era forte o influxo do Concílio Vaticano II (1962-1965) e, de modo especial, o da Conferência de Medellín (1968), que buscava interpretar as novidades do Concílio para a realidade da América Latina. A renovação no modo de perceber a Igreja, de viver a liturgia, de entender a catequese e os diversos ministérios, de buscar a participação das comunidades precisava chegar urgentemente aos pagos da Diocese de Palmas. Sem citar muitos outros feitos, cabe ressaltar aqui a caminhada feita com as mais diversas Assembleias Diocesanas de Pastoral. Este meio foi usado com muita determinação por D. Agostinho, pois via nelas um método eficaz de desenvolvimento da evangelização nesta diocese. Assim surgiu a série de Planos Diocesanos de Pastoral e das Assembleias Diocesanas de Pastoral.
Dom Agostinho, viveu até os últimos dias de sua vida no Palácio Episcopal em Palmas, bastante debilitado de saúde, entretanto, não deixa de ser um “herói religioso nas terras sudoestinas”, muito marcado na mente de toda a população diocesana, está à figura de “Bispo pai”, um grande Pastor, que a Diocese de Palmas/Francisco Beltrão não cessa de render-lhe gratidão e estima. Dom Agostinho faleceu em 06 de julho de 2012.
Velório e sepultamento
O corpo chegou à Palmas na manhã de quinta-feira, (07), após passar pela Concatedral Nossa Senhora da Glória em Francisco Beltrão, e também ter sido velado na Igreja Matriz São Pedro Apóstolo em Pato Branco. Muitas pessoas se emocionaram com a chegada do bispo em Palmas, sendo que um cortejo foi formado desde os trevos Tia Joana e Kaigangue, dois dos principais acessos, desde a PRC-280. A frente estava o caminhão do Corpo de Bombeiros, e vários veículos seguiram o corpo de Dom Agostinho, até a catedral. Dom José Antônio Peruzzo realizou a celebração após a chegada, e vários momentos de oração marcaram o dia.
O enterro aconteceu na sexta-feira pela manhã, onde emocionou a muitos e evidenciou o papel marcante que Dom Agostinho teve em Palmas.
Fonte: Diocese Palmas/Francisco Beltrão.