Após uma sequência de dias chuvosos que levou 11 cidades do Paraná a ultrapassar a média histórica de chuvas de junho em apenas nove dias, o estado deve enfrentar uma nova onda de frio. As temperaturas começam a cair já na noite desta segunda-feira (9) e devem atingir os menores valores entre quarta e quinta-feira (11 e 12), com previsão de geada. O tempo ficará seco até o fim de semana.
A temperatura mínima mais alta na manhã desta segunda foi registrada em Guaraqueçaba, no litoral, com 17°C. Contudo, a cidade pode ter mínimas de 11°C ao longo da semana, o que significa uma queda de 6°C. Já Palmas, localizada no Sudoeste e que amanheceu com 7,4°C, pode enfrentar mínimas de apenas 3°C. As temperaturas devem ser ainda menores à noite, quando o frio se intensificará.
“Com uma massa de ar seco e frio de origem polar adentrando pelo Oeste do Estado, espera-se que a partir das cidades dessa região as temperaturas entrem em declínio e, ao final do dia, na metade Sul do Paraná, tenham índices menores que 10°C e entre 10°C e 14°C na metade Norte. Em municípios próximos à divisa com Santa Catarina, os valores poderão ser ligeiramente abaixo dos 5°C”, detalha Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
Entre quarta-feira (11) e quinta-feira (12), há previsão de geada. “Já na terça-feira as temperaturas permanecerão abaixo dos 10°C no amanhecer em quase todas as áreas do Estado, mas é entre quarta e quinta-feira que faz mais frio. Inclusive, aumenta o risco de formação de geadas, especialmente no Centro-Sul, entre Guarapuava, Palmas, Clevelândia, União da Vitória e também em General Carneiro”, alerta Lizandro Jacobsen, também meteorologista do Simepar.
Também há possibilidade de geada fraca nos Campos Gerais e em municípios próximos à Curitiba, com temperaturas próximas dos 5°C no amanhecer. A onda de frio deve permanecer até o fim de semana, com predomínio de tempo seco. “Apenas no litoral ainda haverá maior variação de nuvens, mas nas outras áreas do Paraná o predomínio será de sol. Mesmo assim, as temperaturas não conseguem alcançar valores muito elevados durante a tarde”, complementa Jacobsen.
Até a madrugada desta segunda-feira (9), o destaque ainda estava nas chuvas intensas. “No sábado, entre as 21h e as 22h, ocorreu cerca de 35 mm acumulados no município de Cianorte e em Cruzeiro do Iguaçu. Foram cerca de 60 mm em apenas uma hora, ou seja, um acumulado de chuva extremo. Já no domingo, os maiores acumulados foram registrados em Londrina, Ventania, Antonina (54 mm) e Curitiba, onde o volume entre sábado e domingo chegou a 49 mm”, explica Júlia.
Com o alto volume de precipitações, 11 cidades ultrapassaram a média histórica mensal de junho. Em Altônia, onde a média é 64,1 mm, já foram registrados 76 mm; em Antonina, que tem média de 126,6 mm, o acumulado foi de 155 mm; Capanema, com média de 105,1 mm, teve 122,6 mm; Cambará, cuja média é de 60,5 mm, registrou 61,2 mm; Campo Mourão registrou 128,4 mm, acima de sua média de 92,8 mm; Cornélio Procópio acumula 78,2 mm contra a média de 67,8 mm; Foz do Iguaçu teve 118,6 mm, superando a média de 89,8 mm; Jaguariaíva registrou 100,2 mm, acima da média de 90,9 mm; Maringá acumulou 89,8 mm, superando os 80,9 mm da média; Pinhão registrou 175 mm, acima de sua média de 165,7 mm; enquanto São Miguel do Iguaçu acumulou 143 mm, frente à média de 110,7 mm.
Ainda pode chover ao longo desta segunda-feira. “Espera-se que na metade Oeste do Estado o sol predomine, enquanto na metade Leste, englobando áreas ao norte, Campos Gerais, Sudeste, Curitiba e litoral, permaneça com maior nebulosidade, inclusive com possibilidade de pancadas isoladas de chuva, em alguns casos acompanhadas por raios”, conclui Júlia.
