Dona Maria de Alexandre Camargo, moradora do bairro Eldorado em Palmas, teve seu filho, Marcos, morto na chacina que ocorreu em Joinville (SC), no domingo (08) de janeiro.
A senhora informou que foi avisada deste fato trágico por seu marido, segundo ela, entrou em choque. “Na segunda-feira (09) foi realizada coleta do material para exame de DNA, para liberação do corpo, disseram que talvez demore de 3 meses a 7 meses para que isso ocorra, não sei quando vou poder sepultar meu filho, nem me deixaram ver o corpo dele queimado. Levanto cedo, pego meu celular, não sei ler, me aparece que vai ter a notícia que pegaram os bandidos”, comentou amargurada e ressaltou que a Polícia Civil segue investigando, principalmente, os familiares das vítimas.
A mãe revelou ainda que Marcos morava com ela, pois, era separado da mulher e tinha dois filhos menores. “Ele passou o Natal e a virada do Ano comigo, quando não estava trabalhando ficava aqui, me ajudava a fazer as coisas. Sempre foi um piá trabalhador, desde pequeno, era o nenê da casa. Morreu no serviço, não tinha intrigas com ninguém”, observou a mãe e enfatizou: “eu quero respostas, lá eles estão todos sossegados”.
Liberação
Foi liberado para a família o primeiro corpo da chacina em Joinville. Por conta do estado das vítimas, a identificação foi possível após familiares cederem amostras para exames de DNA. O corpo de Rivair Amaral Ribeiro, 22 anos, foi encaminhado para a Cruz Machado, no Paraná. O jovem era casado e deixa um filho de 3 anos.
Entenda
Seis homens foram encontrados carbonizados em um veículo no domingo, (08), no bairro Morro do Meio, em Joinville, Santa Catarina. Um sétimo homem permanece desaparecido. Outros três conseguiram fugir. O carro, um Uno, também foi incendiado. A polícia ainda busca pela identificação e localização dos suspeitos. As vítimas eram do Paraná, três de Palmas e trabalhavam em roçadas para uma empresa terceirizada, fazendo limpezas das linhas de energia elétrica.
A residência onde moravam os 10 homens também foi incendiada. Suspeita-se, que a chacina tenha sido motivada após desentendimento entre um dos homens que morava na residência e uma mulher. Em retaliação, um grupo invadiu a casa, espancou os moradores, incendiou a residência e o veículo, onde os corpos carbonizados foram encontrados. Cristiano Souza, ainda está desaparecido.