O Plaza Hotel, em Foz do Iguaçu foi palco do 28º Congresso da Adjori/PR. Dentre a programação ocorreu a eleição para a Nova Diretoria e também a posse para o biênio 2024/2026. O pleito eleitoral teve chapa única tendo à frente Cidenei Cristian Allebrandt (Alemão do Jornal). A denominação da chapa, foi de uma pessoa que tinha um carinho especial pela entidade e também sempre lutou pelo seu crescimento, o Senhor Aramis Gorniski (in memoriam), fundador do jornal A Tribuna Regional.
Currículo do homenageado
Aramis Gorniski fundou o jornal A Tribuna Regional no dia (06) de junho de 1976. Ele defendia os interesses da comunidade e lutava por ideais, buscando sempre o desenvolvimento da comunidade da Lapa e seu entorno.
No decorrer dos anos, enfrentou diversas lutas políticas, ajudou a fundar associações e diversas entidades, teve participação ativa na comunidade e sempre buscava a verdade, acima de todos os interesses dos poderosos. Sua luta não era solitária. Ele contava com o apoio, o conselho e a confiança de muitos amigos, colegas, leitores. E, principalmente, tinha fé inabalável no Criador, na força e proteção de um Deus que não abandona, não desampara, sempre que se busca a verdade, o bem comum, a união da comunidade.
Até o seu falecimento, no dia (15) de janeiro de 2010, sempre acompanhado da sua tradicional cuia de chimarrão com Erva-Mate Legendária, jamais deixou de sonhar uma Lapa mais unida e participativa, com mais educação, saúde, indústrias e principalmente harmonia e fraternidade entre os cidadãos.
Aramis deixou saudades, mas o seu legado se sobrepõe à tristeza pela sua ausência. Muitas conquistas ficaram, para além do registro semanal da história da cidade nas páginas da Tribuna Regional, que tornou-se, no seu modo simples e polêmico de escrever, um grande livro onde estão marcadas as mais diversas histórias, conquistas e ideias da comunidade da Lapa.
Seu legado também ficou nas memórias da ADJORI/PR. Associação pela qual tinha enorme carinho e respeito. Sempre idealista, o sonho de Aramis era de que a união participativa e harmoniosa entre os jornais do Paraná se tornasse realidade. Com uma Associação forte e organizada, em sua visão, os meios de comunicação estariam amparados para crescerem, divulgando de forma livre e independente as notícias do Estado e de suas regiões.
A visão de Aramis sobre o trabalho em equipe, o associativismo, e como a ADJORI precisa funcionar, pode ser comparada ao trabalho das formigas. Estes seres tão pequeninos, criaturas divinas muitas vezes desprezadas, nos deixam grandes lições. A rigorosa disciplina é a base organizacional do formigueiro, que se divide em três categorias de insetos: as operárias, os machos e a rainha. Cada um cumprindo rigorosamente a sua função, sem distinção. Todos, no formigueiro, se organizam para que seu trabalho renda ao máximo e seu esforço seja otimizado. Não competem entre si, não vigiam o trabalho uns dos outros. Simplesmente dão o seu melhor pelo bem daquele formigueiro. E curiosamente, pequeninas que são, possuem visão de futuro, possuem metas. Sim! Metas! Primeiro, reúnem-se para construir a toca; depois, dividir diferentes tarefas do formigueiro; em seguida, buscar alimento. A qualquer momento a comunidade pode ser convocada a defender o seu espaço contra a invasão de inimigos. E a visão das formigas é clara: estarem unidas para sobreviver e garantir a preservação da espécie. E elas têm sido extremamente bem sucedidas há milênios.
Colegas da ADJORI, percebemos que as formigas têm metas. Ou, por que não dizer, têm SONHOS. Assim era Aramis com relação à ADJORI. Ele acreditava que somos do tamanho daquilo que visualizamos para nós. E Aramis sonhava grande para nós, adjoriamos. E, se desejamos atingir objetivos, precisamos ter sonhos bastante claros.
Colegas comunicadores, sempre tivemos desafios para enfrentar em nossas redações. Hoje, não é diferente, principalmente com as grandes mudanças nas formas de entregarmos a informação. Não podemos ser pessimistas. O Apóstolo Paulo, em 1 Coríntios, 9,26, enfatiza: “Não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar”. Isso nos mostra que devemos ser pessoas com metas, que não caminham em qualquer direção.
Portanto, nos façamos, hoje, a pergunta: Quais são os nossos objetivos nesta Associação? Até mesmo as formigas têm resposta clara para tal questão. Elas desejam sobreviver e perpetuar a espécie. Para isso, são capazes das maiores proezas e se superam a cada instante.
Importante destacar uma das principais qualidades das formigas, que as fazem superar os obstáculos. Elas têm iniciativa! O texto de Provérbios, 6, 7—8, diz que a formiga não tem chefe, nem supervisor, nem governante e, ainda assim, armazena suas provisões no verão. Assim como a iniciativa é essencial à sobrevivência deste inseto, ela é característica marcante de profissionais bem sucedidos.
Assim como pensava nosso saudoso Aramis, e assim como agem as formigas, que nós, em nosso formigueiro Adjoriano, tenhamos união e proatividade, além de determinação para angariar recursos dos quais necessitamos. As formigas passam grande parte de seu tempo buscando recursos para a sua sobrevivência. Façamos isso, neste Congresso e em todos os dias de nossa atuação, em conjunto. Em nossas “colônias de formigas comunicadoras” temos milhares de indivíduos que estão sedentos por informação de qualidade, verdadeira, que visa o desenvolvimento e o bem da comunidade. A demanda e a responsabilidade são grande, não nos esquecemos!
A “formiga” Aramis, de onde estiver nos olhando neste momento, está, certamente, extremamente grato por fazer parte de mais este Congresso e poder contribuir, de alguma maneira, para a continuidade e fortalecimento da ADJORI, desses “insetos comunicadores” que, por vezes incomodam muito, mas que são essenciais para o desenvolvimento da nossa sociedade.
