Exames laboratoriais detectam presença da variante Delta em Palmas

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Na quarta-feira (01), a secretaria de Saúde de Palmas confirmou o 1º caso da variante Delta, no município. A contaminação ocorreu em uma adolescente, 12 anos, que fez exames em um laboratório da rede privada. De acordo com informações ela já deu alta e não teve nenhum estado mais agudo da doença.

Tem-se a expectativa de que o governo do Estado inicie a vacinação da faixa etária de 17 anos abaixo em outubro.

O secretário de Saúde do município, Rafael Barbosa, declarou que é uma situação preocupante, pois, a nível de Estado já havia o conhecimento da transmissão comunitária, casos confirmados em Francisco Beltrão, Pato Branco e Vitorino.

“A faixa etária dessa contaminação são de jovens que não estão vacinados. Os cuidados devem ser redobrados, com uso da máscara e distanciamento social. Peço encarecidamente a população que se cuide. Essa paciente que está com a variante Delta não viajou, ninguém da família tinha contaminação da Covid-19 e desta variante, isso quer dizer que ela se contaminou na cidade. É transmissão comunitária, não temos muito controle sobre isso, o que temos é a vacinação tão esperada pela população, hoje, são três locais no município Parque de Exposições, Praça Bom Jesus e no Posto de Saúde Central. É importante a imunização para fortalecer o organismo contra esta variante, infelizmente, a vacinação completa com a duas doses está a passos lentos. Há mais de 3 mil vacinas da 2ª dose que as pessoas não vieram fazer a imunização”, afirmou Barbosa e explicou que a população tem que entender que se aguardou tanto para a vacinação contra a Covid-19, “Palmas avançou na 1ª dose, foi um dos primeiros municípios a completar este ciclo, agora a realidade é outra com a 2ª dose. O Poder Público está fazendo sua parte, mas a população tem que ter a conscientização”, orientou ele.

Decretos 

Barbosa ressaltou que a prefeitura está analisando sobre os decretos, “todos os eventos tem que respeitar os protocolos sanitários, principalmente, o esquema vacinal completo para entrar nestes eventos e colocar na porta de entrada a testagem com a supervisão da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde”, completou.

Transmissibilidade 

O gerente técnico dos laboratórios Aldes, Biocenter e Gram, Dr Jardel Bordignon, informou que além de Palmas também foram detectadas em amostras laboratoriais alguns casos em Pato Branco, Guarapuava e Foz do Iguaçu. “A transmissão dela é maior do que a cepa original, semelhante ou maior que a P1, predominante no país”.

Bordignon ressaltou que pela sua alta transmissibilidade a variante Delta pode sim gerar uma nova onda como aconteceu nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países. “O principal ponto de prevenção é a vacinação, nos Estados Unidos foi deficiente, pois, havia um movimento anti vacina muito grande, inclusive o Brasil já ultrapassou em imunização os Estados Unidos na 1ª dose, e outro fator mais importante nestes países ocorreu muita flexibilização, aboliram o uso da máscara em um momento que apenas a metade da população estava vacinada e fez com que os casos da variante Delta explodissem”, argumentou ele e destacou que deve-se manter alguns cuidados, “tem que haver flexibilização, mas, não de forma tão drástica como ocorreu nos Estados Unidos, deve-se manter o uso da máscara, o controle nos eventos com muitas pessoas e especialmente a vacinação”, acrescentou o gerente técnico.

Sintomas

Bordignon explicou também que há uma diferença da Delta em relação a outras variantes. “Na infecção causada por ela, são comuns a dor de garganta, coriza (nariz escorrendo) e dor de cabeça. Outros sintomas que são comuns com outras variantes, como a perda do olfato/paladar e a tosse, não são tão presentes na Delta”.

https://youtu.be/lXeiovg0RsY

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