Em comemoração ao Dia do Trabalhador (01 de maio), o seminário São João Maria Vianney, em Palmas, foi palco de uma programação diferenciada em alusão a está data.
O bispo da diocese de Palmas/Francisco Beltrão, Dom Edgar Xavier Ertl, presidiu a celebração no bosque do seminário. Porém, as atividades iniciaram bem mais cedo, onde os churrasqueiros preparavam o churrasco, no caso costela com 2kg. Na cozinha os trabalhos também estavam acelerados.
Muitas famílias preferiram apreciar a natureza e almoçaram no bosque, outros levaram os churrascos para suas residências.
O bispo, ressaltou que é um dia solene e também histórico, “desde 1886, do fato que ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos, essa data vem sendo recordada com dor e sofrimento, era uma reivindicação por justiça no local de trabalho. Depois disso, os trabalhadores tiveram muitas conquistas com seus direitos respeitados, esse é o contexto social histórico. Já em 1955, o Papa Pio XII, também instituiu esta data sobre o patrocínio de São José Operário. O trabalho está relacionado ao nosso ser, nossa vida, identidade e personalidade”, destacou ele e mencionou que na missa que foi realizada foram feitos três pedidos, “que não nos falte a oração, a reflexão e que sejamos atendidos em nossos pedidos pela interseção de São José”.
Ressaltou também que infelizmente a desigualdade social ainda afeta o Brasil, “o desemprego é uma luta para muita gente, sobretudo os jovens. Nosso pedido é para que os empresários e gestores públicos que disponibilizem as vagas e que haja dignidade no trabalho, com uma jornada de descanso igualitária. E, que São José derrame sobre a diocese de Palmas/Francisco Beltrão, suas bênçãos”.
O reitor do seminário, São João Maria Vianney, Pe Edson Santos, esclareceu que foram comercializadas mais de 8 toneladas de costela, “o povo de Palmas colaborou e se colocou à disposição do seminário. O evento novamente foi um sucesso para nossa comunidade, para o seminário e o nosso povo que sempre abraça a causa da nossa entidade. Que São José abençoe e ilumine as comunidades, os movimentos, as pastorais e todo povo de Palmas”, pontuou ele e agradeceu a todos os voluntários que auxiliaram na festa.
Histórico do Seminário São João Maria Vianney
Logo após a sua chegada na região de Palmas, em 1936, monsenhor frei Carlos Eduardo Saboia Bandeira de Mello demonstrou o desejo de ter um local para formar os padres diocesanos. Tal feito se concretizou em 1939 quando acolheu os dois primeiros seminaristas. Estes vieram a cavalo de Bituruna e passaram a residir na residência prelatícia. Colocado sob a proteção de São João Maria Vianney por conta de ser o padroeiro e o modelo de todos os sacerdotes e sua pedagogia era transmitir as primeiras letras aos que se inclinavam ao ministério sacerdotal, pressupondo uma educação familiar.
Em 1940, o seminário mudou para a chácara de propriedade de Pedro Guimarães Ribas, atual vila militar, contando já com 10 alunos.
Uma nova mudança se daria em 1948, após a venda da chácara para o Ministério da Guerra, o Seminário foi removido para a chácara São José, adquirida por Gumercindo de Lima, com frente para a Rua Frei Jacó, continuando a funcionar em instalações de madeira até 1963. No dia 29 de junho de 1959 é lançada a pedra fundamental do prédio de alvenaria. Em 14 de março de 1964 é feita uma festa de inauguração do novo prédio do Seminário. Dom Carlos, idealizador do seminário certa feita disse: “Demos ao Senhor Bom Jesus a casa onde prepare os seus padres para essa Diocese”.
Pelo Seminário Menor já passaram inúmeros seminaristas, muitos dos quais são os padres que compõe a Diocese de Palmas/Francisco Beltrão e profissionais que se encontram nas diversas áreas. Ao longo desse tempo, o seminário cumpre, com o apoio da comunidade palmense, o objetivo de formar o homem, o cristão e o sacerdote.
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