Devido às fortes chuvas que vem ocorrendo em Palmas, bem acima da média histórica, os alagamentos se agravaram em alguns locais pontuais, atingindo os bairros São José, Lagoão, Santuário e Centro.
De acordo com a Agrometeorologista e Pesquisadora do IDR, Heverly Morais, até o dia (30) de outubro a precipitação pluviométrica no município foi de 616 mm, sendo que, a média histórica é de 258,5 mm, em outubro de 2022, foi de 376,8 mm.
Diante deste cenário, moradores, utilizaram as redes sociais para desabafar e também cobrar ações do Poder Público. Porém, uma questão que também é responsável pelos alagamentos, é a imensa quantidade de lixo e entulhos que foram retirados das bocas de lobo, das galerias e dos córregos. Essa ação foi desenvolvida através da equipe da Secretaria de Infraestrutura que vem trabalhando incessantemente nesses últimos dias.
Para debater essa questão, o diretor do departamento de Urbanismo, Arthur Menegatti e a engenheira, Patrícia Zini, participaram de uma sessão do legislativo palmense, para expor um Plano de Metas a curto, médio e a longo prazo, com a intenção de amenizar esta problemática. Na sessão, os representantes do departamento de Urbanismo também responderam questionamentos dos vereadores e moradores.
“Foram retirados telhas, pedaços de madeira, sofá, tudo isso obstrui a passagem da água nas galerias, não é apenas a construção de prédios nestes locais. A população tem que se conscientizar”, alertou Menegatti e comentou que uma ação a médio prazo é a aquisição de barreiras de inundação, “são de materiais plástico, exemplo, no bairro São José, onde o rio passa na rua, pode ser feita uma barreira com esse material impedindo que a água entre nas casas, funcionaria como se fosse sacos de areia, é feito em outras cidades”.
Destacou também sobre a emissão da Guia Amarela para as construções, “orientamos as pessoas que tem um terreno que possa ser alagadiço, que a mesma tenha ciência, caso construa naquele local deverá fazer alguma medida para que não a prejudique futuramente, especialmente, para as pessoas que vem de outros lugares e não conhecem a realidade”.
Equipe do departamento de Urbanismo que realizou o estudo
Antônio Cristiano Lara Sampaio, Patrícia Aparecida Zini, Arthur Almeida Menegatti e Daiane Aline Grooders.
Ações a serem tomadas – imediatas/curto prazo
Limpeza regular dos córregos e rios; inserção de réguas altimétricas; decretar equipe de manutenção; notificar empresas confrontantes com APP; limpeza regular nos espaços públicos e campanha de conscientização da população.
Médio Prazo
Aquisição de barreiras de inundação; realização de teste com bomba autopropelida;
EPI´s para realização das atividades; instituir política pública, em guia amarela, com a ciência em termo de responsabilidade; conscientizar população ribeirinha; disk emergência (bueiro entupido, queda de árvores, mudanças); desenvolver projeto para a recomposição de mata ciliar; notificar SANEPAR para apresentar o PDA; elaboração do Plano de Macrodrenagem (empresa especializada); aumento na taxa de permeabilidade nas sub-bacias; regulamentação da Lei de Cisternas e estruturar, capacitar e aparelhar a Defesa Civil Municipal.
Longo Prazo
Execução do Plano de Macrodrenagem (Plano Diretor de Drenagem Urbana); políticas públicas de incentivos a pavimentos permeáveis e políticas públicas de regulação da vazão em novos loteamentos.
Fonte: Departamento de Urbanismo de Palmas.
Galeria de imagens