Batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!

Maria de Magdala, apóstola da Ressurreição
ALEP - PARANÁ COM TUDO E COM TODOS (copy at 2025-06-02 15:42:55)
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erinéia

Depois do tempo pascal, concluído no domingo passado, 08 de junho, com a solenidade do Pentecostes, o “natal da Igreja”, da comunidade dos irmãos e irmãs que professam em Jesus Cristo Ressuscitado, a liturgia voltou ao “tempo comum”. Mas isto não significa que o empenho dos cristãos deva diminuir, aliás, tendo entrado na vida divina mediante os Sacramentos, somos chamados quotidianamente a estar abertos à ação da Graça, para progredir no amor a Deus e ao próximo.
No domingo, 15 de junho, solenidade da Santíssima Trindade, num certo sentido, recapitula a revelação de Deus que aconteceu nos mistérios pascais: morte e ressurreição de Cristo, a sua ascensão à direita do Pai e a efusão do Espírito Santo. A mente e a linguagem humanas são inapropriadas para explicar a relação existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e, contudo, os Padres da Igreja procuraram explicar o mistério de Deus Uno e Trino, vivendo-o na própria existência com fé profunda. De fato, a Trindade divina começa a habitar em nós no dia do Batismo: “Eu te batizo – diz o ministro – em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. O nome de Deus, no qual fomos batizados, recordamo-lo todas as vezes que fazemos em nós mesmos o sinal da cruz. O teólogo Romano Guardini, a propósito do sinal da cruz, observa: “Fazemo-lo antes da oração, para que… nos ponha espiritualmente em ordem; concentre em Deus pensamentos, coração e vontade; depois a oração, para que permaneça em nós o que Deus nos doou… Ele abraça todo o ser, corpo e alma… e tudo se torna consagrado em nome do Deus uno e trino”.
No sinal da cruz e no nome do Deus vivente está, portanto, contido o anúncio que gera a fé e inspira a oração. E, como no evangelho Jesus promete aos Apóstolos que “quando ele vier, o Espírito da verdade, guiar-vos-á a toda a verdade” (Jo 16, 13), assim acontece na liturgia dominical, quando os sacerdotes dispensam, de semana em semana, o Pão da Palavra e da Eucaristia. Também o Santo Cura d’Ars o recordava aos seus fiéis: “Quem acolheu a vossa alma – dizia – ao primeiro entrar na Vida? O sacerdote. Quem a nutre para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a preparará para cumprir diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? …sempre o sacerdote” (Carta de proclamação do Ano Sacerdotal).
Queridos amigos, façamos nossa a oração de Santo Ilário de Poitiers: “Conserva incontaminada esta fé reta que está em mim e, até ao meu último respiro, dá-me igualmente esta voz da minha consciência, para que eu permaneça sempre fiel ao que professei na minha regeneração, quando fui batizado no Pai, no Filho e no Espírito Santo”. Invocando a Bem-Aventurada Virgem Maria, primeira criatura plenamente inabitada pela Santíssima Trindade, pedimos a sua proteção para prosseguir bem a nossa peregrinação terrena.
Rumo ao novo Plano da Ação Evangelizadora
No final da semana passada, dias 06 e 07 de junho, na Casa de Formação, em Francisco Beltrão, realizou o Conselho Diocesano de Pastoral, reunindo uma centena e meia de pessoas convocadas para o discernimento, reflexão e encaminhamentos para o 17ª Plano Pastoral da Diocese. Nossa primeira palavra é de gratidão! Gratidão a Deus por toda a ação evangelizadora da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, por toda a vida pastoral das nossas comunidades, por todos os esforços pastorais de renovação e de missão e, de modo muito especial, gratidão por todo o caminho que já estamos empreendendo em vista do novo Plano da Ação Evangelizadora: desde a escuta sinodal, o caminho de discernimento em nossas paróquias e, agora, os conselhos diocesanos de pastoral dedicados a este projeto. Com gratidão e alegria, rendamos graças ao Senhor por todo o caminho evangelizador da Igreja no Sudoeste do Paraná, que é luz que reflete Cristo nesta porção da terra. Urge assumirmos os desafios evangelizadores dos tempos em que o Senhor nos chama a segui-lo e sermos sinais de fé, de esperança.

Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão

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Imagem de destaque - TV A Folha