“Escrevo para relatar sobre minha experiência no programa “Família acolhedora”. Tudo começou no início de 2023 quando conheci, no 9º ano um aluno e, acredito que por intermédio do destino, acabamos nos aproximando. Ele gradualmente foi me contando sua história. Nesse momento ele e sua irmãzinha estavam morando no Centro de Abrigo, devido uma sequência de fatos trágicos que os aconteceu.
Ele se mostrou um menino muito dedicado, responsável e disposto a vencer na vida. Acabei conhecendo também sua irmã, que nesse momento estava no sexto ano. Resumindo, me encantei pelos dois e, foi por ele que acabei sabendo do programa. Procurei as pessoas responsáveis no Centro de Abrigo, e hoje, já faz um ano que os acolhi.
O amor que sinto por eles não difere do amor que sinto pelos filhos que gerei. O primeiro dia que ouvi me chamarem de mãe chorei de emoção. Uma emoção indescritível, que confesso não achar palavras para expressar. Sim, hoje eles são meus filhos, igualzinho aos outros dois que gerei do meu útero. Eles foram gerados no meu coração. Aproveito cada minuto que passo com eles, pois acredito que foram um presente do universo, no momento que eu mais precisava. Claro que nem tudo são flores, eles têm seus problemas, seus defeitos e também seus traumas… Porém, eu também tenho, afinal, quem não os tem?
Hoje seguimos uma rotina em família, eu, eles e a irmã (gerada por mim). Não sei o que o destino nos preparou, mas sei que nunca, jamais os deixarei desamparados, eles mudaram minha vida para melhor e digo com certeza, só quem passa por uma experiência dessas sabe o que é sentir um amor que vêm de presente, um amor que vem de Deus”, Família Acolhedora de Palmas.
