Programa Mulher Segura Paraná está sendo desenvolvido em Palmas

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Foto: @leticiapachec0
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Na sexta-feira (05), no auditório da Acipa ocorreu um evento do Programa Mulher Segura Paraná, em parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Tribunal de Justiça do Paraná e o CREAS da Prefeitura de Palmas, com o intuito de fortalecer o combate à violência doméstica e ao feminicídio.

A juíza da Comarca de Palmas, Drª Tatiane Bueno Gomes, comentou que neste evento, as pessoas que participaram devem ser propagadoras da informação dessa temática. “Importante é que levem essa discussão para o restante da população”, argumentou a magistrada e convidou para o próximo dia (22) de julho, participarem de um evento sobre o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. “Ás 12h, faremos a Caminhada do Meio Dia, todos estão convidados a se reunir na Praça Bom Jesus, caso possam, usar uma camiseta branca e levar um balão da mesma cor. É triste e fúnebre quando ocorre um feminicídio, em nossa Comarca. Este ato, o envolvimento da comunidade deve chegar as casas das pessoas ao meio dia”, reiterou.

A promotora de Justiça, Drª Thayná Regina Navarros Cosme, assinalou que o feminicídio é uma realidade, não apenas na Comarca de Palmas, mas, em todo o Estado e no Brasil, sendo, o 5º país no mundo que mais mata mulher. “O número crescente vem dessa realidade de gênero, por muito tempo as mulheres foram colocadas em uma posição de inferioridade em relação aos homens. A intenção é resgatar essa questão histórica e dizer que merecemos ocupar os mesmos lugares que os homens e temos essas condições. Estes números crescentes, não em relação ao feminicídio, mas, sim a outros atos da violência doméstica, que tem sido maiores devido sua revelação e as mulheres tem procurado mais ajuda”, frisou ela e esclareceu que esse evento direciona para que as mulheres procurem a Polícia Militar, a Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário. 

Por sua vez, a delegada da DP de Palmas, Drª Alini Simadon, comentou que essa conversa faz parte da operação “Mulher Segura”, para o combate a violência de gênero contra a mulher e o feminicídio. “Apesar de ter diminuído os índices, a violência doméstica continua sendo o carro chefe da delegacia de Palmas, são mais de 58% dos procedimentos dessa natureza”.

A psicóloga e palestrante, Dra Mariana Lucht Carneiro, explicou que foi discutida na palestra os modos que a sociedade tem que enfrentar essa problemática. “É um problema frequente no município que precisa de atuação constante, buscamos trabalhar essa questão desde a adolescência, nas empresas e nas escolas. Em Palmas, os índices de violência contra a mulher são muito altos”, ressaltou e destacou que a municipalidade faz o atendimento no CREAS para as mulheres que fizeram Boletim de Ocorrência, Medidas Protetivas e ainda as que não tomaram essa decisão.

Imagem de destaque - TV A Folha