Retornando a sua atuação política, o ex-governador, Beto Richa, está percorrendo o Estado na organização do PSDB, partido ao qual recentemente assumiu a presidência e também analisando a possibilidade de ser candidato a deputado federal. Em Palmas, se reuniu com algumas lideranças e também concedeu entrevistas para os órgãos de imprensa do município, entre eles, TV A Folha e Jornal A Folha do Sudoeste.
Demonstrando indignação com as injustiças que foram cometidas contra sua honra e de sua família, Richa, foi taxativo: “foi a maior injustiça já feita a um político na história recente do Paraná, sem provas, não preencho nenhum requisito para ter minha casa invadida, eu, e minha mulher fomos sequestrados há 20 dias da eleição, qualquer advogado ou jurista reitera que foi uma barbaridade. Eu, não aceito o que foi feito, me submeteram junto com minha família a um linchamento moral, execração pública, meus processos nunca foram jurídicos, mas, sim político/eleitoral. Eles queriam me tirar da vida pública e a vaga no senado, pois, todas as pesquisas apontavam que seria eleito senador do Paraná. Mas, enfim, isso passou, continuo confiando na justiça, mas acima de tudo na justiça de Deus. Minha família tem muita fé, é religiosa. Juridicamente, não existe meia prova contra mim, todas as investigações estão caindo, processos arquivados e acusações anuladas”, afirmou o ex-governador e reiterou no que diz respeito a ex-primeira dama, Fernanda Richa, “não há processos contra ela, não tem elementos, invadiram a casa da minha mãe, uma senhora de 81 anos. Todos devem respeitar a constituição do seu país. Resisti, porque tenho a verdade ao meu lado esse ativismo judicial diminuiu bastante a partir do momento em que caiu a máscara mostrando os diálogos criminosos de um juiz e da Turma da Lava Jato. Construí uma reputação e da noite para o dia fui esfaqueado pelas costas e tentaram assassinar minha imagem, não aceito, prezo muito pela minha honra, pela retidão que minha família sempre demonstrou pelo Estado do Paraná, começando pelo meu pai, José Richa”, argumentou ele.
Richa se emociona ao falar do trabalho da sua esposa, “ela sempre teve um lado humano muito forte, quando fui prefeito ia para os bairros atender a população carente. Hoje, ainda nestes locais se fala da Fernanda irá ouvir os melhores elogios, uma das notórias campanhas foi o Espalhe Calor, com a doação de cobertores, no inverno. Também há outros programas que se tornaram referência nacional, o Família Paranaense, que tirou da extrema pobreza 350 mil famílias, fazer o que fizeram com ela foi de uma crueldade inominável”, comentou.
Vida Pública
Um dos questionamentos do apresentador, Alemão do Jornal, foi sobre o retorno de Richa à vida pública. “Fiquei três anos afastado, adotei um auto exílio para ter paz. Porém, depois de um tempo e os processos sendo discutidos com mais racionalidade nas cortes superiores comecei a percorrer o Estado. Fui o único governador que estive nos 399 municípios do Estado, em um mandato. Agora, atendendo convites de vários setores, veio a cobrança para ser candidato, e a palavra que mais ouço dos prefeitos é SAUDADES, quando fui governador os investimentos foram históricos nos diversos setores. Me pediram para ser candidato a governador, porém, estou inclinado a ser pré-candidato a deputado federal”.
Legado
“Tenho orgulho de ter deixado um legado de obras no sudoeste do Paraná, mas isso não caiu do céu, foi fruto de muito trabalho, esforço e planejamento. O Estado estava com R$ 4,5 bilhões de dívidas e deixei R$ 7 bilhões em caixa. Negociei com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um dos empréstimos foi para a construção do asfalto da PR-912, Palmas e Cel Domingos Soares”.
PSDB/PR
Richa explicou que é natural em época de eleição que ocorram mudanças nos comandos dos partidos. “Os deputados e lideranças do PSDB pediram para que assumisse o comando do partido como ocorreu em outros tempos para ajudar no fortalecimento da sigla, atraindo nomes para comporem as chapas de candidatos para deputados estaduais e federais com a possibilidade de uma boa bancada na ALEP e na Câmara Federal e para pré-candidato a governador do Estado, surgiu o nome do ex-prefeito de Guarapuava Cesar Silvestre Filho, oferecendo aos paranaenses um novo nome”, pontuou ele e ressaltou que seu pai, saudoso José Richa, dizia, “o partido que está no poder sofre um inchaço, é natural, mas fora do poder ficam os que tem identidade com a sigla, tínhamos 147 prefeito, hoje, temos 17, porém, importantes lideranças do Estado estão me procurando querendo vir para o partido e outras para serem candidatos”.
Lula e candidaturas
Alemão do Jornal perguntou ao ex-governador sobre a notícia de um possível encontro com o ex-presidente Lula. “Alguns blog’s noticiaram que eu iria apoiar o Lula, mas não existe essa possibilidade, não ocorreu esse encontro, não sei dá onde criam estas Fake News, sempre fui adversário do PT, mas nunca tive ninguém como inimigo. Já conversei com dois ex-governadores, pois, o diálogo é o grande instrumento da democracia e o PSDB caminha para o lançamento de candidaturas próprias, inclusive do Rossoni sendo candidato a senador, mas até julho muita coisa pode acontecer”, disse ele e afirmou que não irá apoiar a reeleição do governador Ratinho Jr, “nosso partido não faz parte desse governo”.
ADJORI
Alemão do Jornal, atual Tesoureiro da Associação dos Jornais do Interior do Paraná (ADJORI), lembrou quando Richa era governador sempre apoiou a entidade. “Sempre tive um bom relacionamento com os órgãos de imprensa. Quando assumi o governo sempre fomos a favor da liberdade de imprensa para cumprir seu papel principal, que é o instrumento para consolidação da jovem democracia brasileira. Nada melhor do que valorizar os veículos de comunicação. A ADJORI é uma entidade séria e tenho orgulho desse trabalho e da parceria”, concluiu.