Em todos os 42 municípios do Sudoeste do Paraná existem produtores de queijo colonial. Resultado da herança deixada pelos primeiros colonizadores que representa uma oportunidade de renda complementar para as famílias do Interior. Estima-se que no Sudoeste do Paraná sejam produzidos mensalmente mais de 120 mil quilos de queijo, representando uma movimentação financeira superior a R$5,4 milhões a cada 30 dias. Algo que gera renda para famílias, geralmente da agricultura familiar e aumenta o poder de consumo na economia local.
O presidente do Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico e Social, IRDES, Tiago Nunes e Silva, ressalta que atividades com demandas de consumo cotidianas crescentes são transformadoras no ponto de vista econômico. E o Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná, por estar presente em todos os municípios tem, sim, relevância desde o aproveitamento da produção da bacia leiteira até a oportunização de qualidade de vida para quem produz.
A produção de queijo vem despertando, inclusive, o olhar da academia. Universidades estão realizando visitas as propriedades para conhecer um pouco mais de uma das atividades mais antigas desenvolvidas. É o que conta a produtora Roseli Terezinha Capra, de Francisco Beltrão. Estudantes da Unipar – Universidade Paranaense, do curso de Farmácia foram estudar práticas sanitárias adotadas e receberam um treinamento na própria Universidade de como é feito o Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná; já acadêmicos e professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, no Curso de Engenharia Ambiental realizaram estudos sobre carbono neutro. “Recebemos visita também de acadêmicos e professores da UNIOESTE e UNISEP, A também associada da APROSUD – Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná, Giovana Gregolon conta que sua propriedade em Chopinzinho foi visitada por integrantes do Curso de Mestrado em Ciências e Tecnologia de Alimentos que acompanharam de perto todo o processos produtivo que é monitorado e padronizado pela Associação. “Estamos recebendo estudantes das Casas Familiares Rurais, do Curso de Técnico Agrícola, sem contar com visitas de acadêmicos de Engenharia de Alimentos.”
Em Dois Vizinhos, a Queijos Eliane recebeu visita de acadêmicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, que atuam no Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Também recebeu visitantes da Escola Agrícola de São Jorge D’Oeste.
Em São Jorge D’Oeste, a produtora associada Maristela Gaio foi anfitriã de acadêmicos da Unisep, de Dois Vizinhos, que, no Curso de Medicina Veterinária foram avaliar as pastagens, o manejo do rebanho e o efeito de tais práticas na produção.
Em Santo Antônio do Sudoeste Roseli Dutra de Almeida Moraes foi visitada por acadêmicos e professores de Administração da Unimater que analisaram empreendedorismo rural.
De acordo com a professora Eduarda Bainy, da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Campus Laranjeiras do Sul, que integra o Curso de Graduação em Engenharia de Alimentos e Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos é muito importante o trabalho da APROSUD para valorização do Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná. “A Agroindústria que visitamos com integrantes do curso de graduação e do mestrado, em Chopinzinho, é referência em produção de queijos coloniais e serve de inspiração para seguirmos o mesmo caminho com os queijos coloniais do Território do Cantuquiriguaçu.”
Para o presidente da APROSUD, Claudemir Roos receber a visita de instituições de ensino superior e estabelecimentos de ensino é um nítido sinal de reconhecimento a importância da produção do Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná e sua relevância na vida de muitas famílias. “Percebemos que nossos associados sempre são bons anfitriões e, além de repassarem conhecimento, são atualizados com novidades trazidas pela Academia.”