O mês de Setembro é voltado para as discussões no combate ao suicídio e valorização da vida. O assunto vem sendo debatido com frequência nas diversas esferas devido a ser uma triste realidade que aflige as pessoas e gera grandes prejuízos à sociedade.
O dia (10) é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano.
Sobre esse tema, a psicóloga, Drª Tainara Castilho, em uma entrevista, esclareceu alguns pontos sobre essa questão. Reiterou que neste mês é de prevenção ao suicídio e valorização da vida. Ainda segundo ela, a campanha vem sendo realizada há cerca de 10 anos.
Destacou ainda que o público, independente do sexo e da faixa etária que sofre com esse problema é no geral. “Alguns estudos mostram que as pessoas idosas também têm uma tendência, porém, isso não é divulgado”.
Referente aos estudantes, a psicóloga esclareceu que alguns desses jovens não conseguem lidar com algumas frustrações, “isso tem auxiliado nos processos de ansiedade e depressão, sofrem mais nessa parte específica”.
Divulgação
Tainara esclarece que anteriormente o tema era discutido apenas por algumas entidades, “hoje, em dia o debate está mais comum, nas faculdades, universidades, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), com os demais profissionais da saúde que abraçam a causa juntamente com o comércio. Diante disso o público comenta mais sobre o assunto”.
Internet
“A internet pós pandemia impactou mais a vida das pessoas, percebo no consultório a questão da ansiedade. A vida na internet, no Instagram que está na moda é perfeita, tem pessoas que não sabem conviver com as situações adversas”, explicou ela.
Relações
A psicóloga revelou que é especialista na questão do Luto, que não se refere apenas a morte, mas, o término de um relacionamento, separação, incluindo demais contextos na vida das pessoas. “Isso gera mudança, um processo de luto. As pessoas tem dificuldade em lidar com isso, é preciso focar no enfrentamento do que no processo de luto em si”, alertou.
Sobre a questão familiar, Tainara, pontuou sobre a questão genética que pode influenciar no risco ao suicídio. “Importante que a família esteja presente e saiba o que é depressão e como deve ser tratada, para evitar o suicídio”.
Redes de Apoio
“Ainda há muito preconceito para uma consulta com psicólogo ou psiquiatra. A pessoa não deve desistir na primeira tentativa, deve procurar apoio dos profissionais (criar um vínculo ou afinidade), conversar com amigos e familiares”, assinalou.
Palmas
Em sua participação no programa Direto ao Assunto, a psicóloga revelou que no município são inúmeros casos constatados de ansiedade, depressão e tentativas de suicídio. “Trabalhei um período no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que lida diretamente com a saúde mental, drogas, transtornos mentais e depressão profunda, identificados muitos casos”.
Suicídio
O apresentador do programa, Alemão do Jornal questionou a Drª, sobre as maneiras mais usuais que as pessoas tentam o suicídio. “Enforcamento, utilização de arma de fogo. Porém, em Palmas, são verificados mais casos por intoxicação exógena (ingestão de medicamentos, soda cáustica, defensivos agrícolas, etc)”, explicou ela.
Tainara Castilho, 31 anos; Psicóloga Clínica há 10 anos; atendimento crianças, adolescentes e adultos; especialista em Psicologia Analítica; especialista em Luto e Perdas; atuação em Psicologia Hospitalar e da Saúde (08 anos) e atuação em CAPS.