PCPR orienta sobre sinais de violência contra crianças e reforça a importância de denúncias no Maio Laranja

PCPR orienta sobre sinais de violência contra crianças e reforça a importância de denúncias no Maio Laranja
Natália Bezerra/PCPR
ALEP - PARANÁ COM TUDO E COM TODOS (copy at 2025-06-02 15:42:55)
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Durante o Maio Laranja, campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) destaca a relevância da atenção, do diálogo e da denúncia como medidas fundamentais para a proteção de meninos e meninas. A violência contra essas vítimas pode se manifestar de forma física, emocional, sexual ou por negligência, e os sinais muitas vezes passam despercebidos, mesmo por aqueles que convivem diariamente com elas.

De acordo com o delegado Rodrigo Rederde, pais, professores e profissionais da saúde devem estar atentos a mudanças comportamentais. Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medos sem motivo aparente, retomada de comportamentos infantis (como urinar na cama) e um interesse precoce por temas ligados à sexualidade são sinais de alerta que não devem ser ignorados. Entre os adolescentes, o ambiente virtual exige atenção especial, já que jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para cometer violência psicológica ou sexual. “É essencial que os pais conheçam e acompanhem o uso dessas plataformas”, orienta o delegado.

A identificação de abusos, porém, exige sensibilidade e cautela. Muitas vezes, familiares, ao desconfiar de algo, tentam investigar por conta própria, o que pode prejudicar o trabalho das autoridades e comprometer provas. “Temos casos em que pais, ao tentarem conversar com o agressor ou acessar conversas online, dificultam o andamento da investigação. O correto é sempre procurar as autoridades competentes”, reforça o delegado Rederde.

Ao suspeitar de qualquer tipo de violência, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer delegacia. Em cidades maiores, os casos são encaminhados aos Núcleos de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), onde equipes especializadas conduzem as investigações. Já em municípios menores, as delegacias locais também estão capacitadas para atuar nesse tipo de caso. Além disso, denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 181, do Disque-Denúncia, ou pelo 197, da PCPR, com total garantia de sigilo para o denunciante.

Após o registro, a criança ou adolescente passa por uma escuta especializada, realizada por psicólogos capacitados a acolher a vítima sem causar revitimização. Essa etapa é essencial para dar início à investigação formal, que conta com a coleta de provas, depoimentos de pessoas próximas e, se necessário, a análise de informações digitais.

Além da repressão aos crimes, a prevenção também é uma prioridade. A PCPR recomenda que famílias e escolas promovam espaços de diálogo constante, permitindo que crianças e adolescentes se sintam seguros para compartilhar suas vivências. Quanto maior a confiança nos adultos, maior a probabilidade de que relatem situações de abuso. “É dever de todo cidadão agir ao identificar qualquer forma de vulnerabilidade que atinge crianças ou adolescentes. A omissão também causa danos”, destaca o delegado. Ele ainda enfatiza que o Maio Laranja é mais do que um momento de reflexão, é um convite à ação. “Em caso de suspeita, denuncie”, reforça.

A celebração do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, em 18 de maio, é um marco importante para alertar a sociedade sobre a necessidade urgente de proteger crianças e adolescentes. A data reforça a importância da denúncia e de ações preventivas no enfrentamento desse grave problema social.

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Imagem de destaque - TV A Folha