Os carnavais que se perderam com o tempo

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erinéia

Tenho certeza de que, se fizéssemos uma pesquisa e a pergunta fosse: “Você participou do carnaval deste ano?”, a maioria responderia que se afastou completamente da folia carnavalesca. Para nós, sulistas, especialmente aqueles de cidades pequenas, o carnaval já foi algo grandioso. Era um tempo de blocos coloridos, marchinhas animadas, serpentinas e confetes de papel espalhados pelo ar. Ah, como aqueles momentos eram especiais! O flerte, a conquista, a magia e o romantismo permeavam até o carnaval, transformando cada sorriso em uma doce promessa de alegria.
Hoje, ao refletirmos sobre o que o carnaval se tornou, vemos músicas que, em grande parte, fazem apologia ao que a sociedade não precisa: drogas, violência e outros males que acabam substituindo a verdadeira essência da festa. Mas, ao ler essas palavras, você provavelmente se lembra das tardes de domingo e terça-feira, quando os pais, orgulhosos, levavam seus filhos para viver a magia da folia. Lembro-me com carinho dos tempos em que fui presidente da Sociedade Recreativa e Cultural de Xaxim, onde promovíamos carnavais que enchiam nossos corações de alegria e esperança. Levar grandes bandas para animar a festa e ver os rostos das pessoas felizes, compartilhando aquele momento único, era como reviver a verdadeira alma do carnaval.
Conversando com amigos de Palmas, percebi que a realidade não é muito diferente da nossa. Hoje, restam apenas as memórias e as saudades daqueles tempos de pura ingenuidade, onde passávamos horas nos divertindo, imersos na magia do carnaval. E assim, me pergunto: onde está essa magia que encantava nossos corações? O carnaval, em sua essência, se foi, mas as lembranças da sua beleza permanecem vivas em nossa memória.

Imagem de destaque - TV A Folha
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