A PC/PR realizou na quarta-feira (26), uma ação nacional contra uma rede criminosa envolvida no compartilhamento de material de abuso infantil na internet. Segundo a corporação, 54 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em 49 municípios de 19 estados e no Distrito Federal.
A operação conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas.
O delegado da Polícia de Palmas, Dr Kelvin Bressan, informou que essa investigação teve início em julho de 2024, quando a Polícia Civil da Comarca de Palmas, recebeu uma denúncia de que um indivíduo comercializava esse material, fotos e vídeos, envolvendo abuso sexual infanto-juvenil por meio de grupos no WhatsApp. “Essa denúncia chegou para nós, foi iniciada a investigação, identificamos que esse indivíduo morava na Paraíba, e a partir de lá fazia a oferta para indivíduos para várias pessoas do Brasil por meio da plataforma de mensagens. Esse indivíduo foi preso em setembro do ano passado, mandado de prisão preventiva e também mandados de buscas e pedidos pela Comarca de Palmas e pela Vara Criminal. No desdobramento dessas investigações, descobriu-se que dezenas de pessoas de todo o Brasil compraram esse material e são investigadas por essa compra, porque efetuaram pagamentos exatamente iguais ao valor que ele cobrava para fornecer acesso a esse conteúdo”, explicou ele e ressaltou que em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Civil de Palmas coordenou essa operação em 19 estados do Brasil, mais o Distrito Federal. “Foram 54 mandados de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos, computadores, celulares, qualquer dispositivo que possa armazenar, então, essas fotos e vídeos que contêm abuso sexual”.
Produção dos conteúdos
Sobre essa questão, Bressan, ressaltou que esse material está disponível na internet, “nós não temos nenhuma linha de investigação de que alguns investigados produzam esse tipo de material, que abusem de uma criança ou de um adolescente para fazer esse conteúdo. Claro, é uma possibilidade dentro da investigação, mas não é nada que até o momento tenhamos essa informação. Esse material vem de todas as partes do mundo, de indivíduos que cometem esses abusos, fazem os registros e divulgam pela internet e pessoas acabam compartilhando”.
Acesso ao material
O delegado, esclareceu que ter acesso, armazenar de qualquer forma ou adquirir esse material envolvendo cenas de sexo explícito ou cenas de nudez com crianças ou adolescentes é um crime apenado de 1 a 4 anos de reclusão. ”Se o indivíduo compartilha esse material ou produz, faz a foto, fica encaminhando em grupos de WhatsApp ou qualquer outro aplicativo de mensagem essa pena pode ser ainda maior”, revelou.
Estados envolvidos na Operação
Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e do Distrito Federal.