O Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio, em ação conjunta com a Polícia Militar e a Polícia Penal, realizou nesta terça-feira (3), a Operação Tamboril, voltada a coibir a ação de facção criminosa que atua a partir de presídios. Foram cumpridas seis ordens de busca e apreensão nas cidades de Cornélio Procópio, Ibaiti, Leópolis, Londrina, Santo Antônio da Platina, Santo Antônio do Paraíso e Uraí e 56 mandados de prisão preventiva – todos contra integrantes do grupo investigado, sendo que 51 deles já se encontravam detidos.
As ordens judiciais foram deferidas pelo Juízo da Vara Criminal de Cornélio Procópio, que também determinou o bloqueio de contas bancárias suspeitas de serem utilizadas para movimentação de recursos de origem criminosa. Também foram executadas revistas nas unidades prisionais de Apucarana, Cambará, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Londrina (PEL I, PEL III e CRESLON). Foram apreendidos celulares e diversas anotações.
Jogo e tráfico – A investigação do MPPR é desdobramento da análise das apreensões coletadas na Operação Érebos, deflagrada em janeiro, e trata de desarticular ramificação da facção que atua com células específicas para ilícitos como loterias informais e tráfico de drogas na região de Cornélio Procópio, com abrangência dentro e fora dos presídios. Dos investigados, 25 exerciam funções de liderança na organização. Os demais, além de aderirem aos propósitos e ditames do grupo criminoso, auxiliavam no financiamento, contribuindo com a compra de drogas e participação em outras atividades ilícitas.
As prisões e buscas foram executadas com apoio de agentes do 18° Batalhão da Polícia Militar do Paraná, da Agência Local de Inteligência do 18º BPM, do 2º BPM, do 5º BPM, do Batalhão de Polícia de Choque e Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas. Pela Polícia Penal do Paraná a ação teve a participação de equipe do Setor de Inteligência e do Setor de Operações Especiais.
Tamboril é o nome popular dos peixes que habitam as profundezas do oceano e se caracterizam por uma lanterna pendurada no topo das cabeças, usada para atrair presas.
Com informações MPPR