Mesmo com o pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que ambos continuassem presos, o gerente e o sócio administrador da clínica particular onde foram resgatadas mulheres em cárcere privado foram soltos. A informação foi confirmada pelo MP-PR nesta segunda-feira (31). No total, 15 mulheres foram resgatadas da clínica localizada em Antonina, no litoral do Paraná.
Na quarta-feira (26), o MP-PR solicitou a prisão preventiva do responsável pela clínica de reabilitação em Antonina. De acordo com o delegado Emmanuel Lucas Moura, famílias de pacientes não sabiam das condições degradantes em que as mulheres estavam sendo mantidas no local. Moura relatou essas informações em entrevista à repórter Beatriz Frehner, da RICtv. O MP-PR, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Antonina, informou que entre as resgatadas, cinco mulheres estavam em situação de cárcere privado.
A 2ª Promotoria de Justiça realizou diligências no local, em conjunto com a Polícia Civil, com o objetivo de verificar as condições do estabelecimento e identificar irregularidades. Apesar do pedido de prisão preventiva pendente, a Vara Criminal de Antonina indeferiu a solicitação, concedendo liberdade provisória ao gerente e ao sócio administrador. O MP-PR também havia requisitado a interdição da clínica.
No entanto, segundo o MP-PR, mesmo com os pedidos e as constatações durante as vistorias, a clínica segue funcionando normalmente.