Frente fria e enfraquecimento de La Niña marcam clima no Sul e em outras regiões do Brasil

Frente fria e enfraquecimento de La Niña marcam clima no Sul e em outras regiões do Brasil
Paulo Pinto/Agência Brasil
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O enfraquecimento do fenômeno La Niña, associado à chegada de uma frente fria ao Sul do Brasil, promete queda nas temperaturas e aumento no risco de eventos climáticos extremos. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de tempo fechado até quinta-feira (13) em diversas regiões do país, com um cenário mais impactante no norte do Rio Grande do Sul até o litoral paulista, onde são esperados acumulados expressivos de chuva e ventos intensos.

Há também uma preocupação em relação à faixa que se estende do Acre até o litoral norte do Brasil, passando por cidades como Belém (PA). Nessas áreas, haverá pancadas de chuva acompanhadas de altos índices de umidade, que, por exemplo, não devem cair abaixo de 70% na capital paraense. A influência da frente fria sobre o Sul resulta em temperaturas típicas de inverno fora de época: Bagé, no interior do Rio Grande do Sul, registrará mínimas de 11 graus nesta segunda-feira (6), com pouca variação climática até o fim da semana. No litoral sul, espera-se um clima mais ameno, sem ventos intensos, mas com céu encoberto por nuvens.

O fenômeno climático La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento persistente da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, está se dissipando, aproximando-se de uma condição de neutralidade. Essa transição foi confirmada neste domingo (6) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que destacou que o impacto do fenômeno tem sido cada vez mais reduzido, especialmente ao longo da segunda quinzena de fevereiro.

Uma nota técnica divulgada pelo Inmet confirma que “as temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial devem permanecer abaixo da média na primeira quinzena de março, mas tendem a retornar à neutralidade em breve”. A expectativa é que o La Niña deixe de ser detectado ainda no primeiro trimestre deste ano, favorecendo um cenário climático mais estável e o combate a queimadas na temporada de secas, que começa no final de abril.

Imagem de destaque - TV A Folha
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