Nossa mente é induzida a todo instante a obter hábitos e novos comportamentos, especialmente nos dias de hoje onde a sugestão e o estímulo estão por todos os lados.
Mesmo importante, seria desnecessário eu escrever aqui o quanto é maléfico o cigarro, você sabe perfeitamente que ele é o responsável por cerca de 7 milhões de vidas/ano. O equivalente, por exemplo, à população do Paraguai.
Acredito que você cresceu tendo essa informação, que o cigarro é um dos fatores preponderantes para uma vida nada saudável e que ficar longe dele é uma atitude no mínimo sensata, não é verdade? Pois é, mas então porque há tantos fumantes assim no mundo? Apesar de tantas informações contrárias ao seu uso?
Os fabricantes de tabaco são exímios profissionais de marketing, pois são mais de 60 anos de experiência, com suas astúcias, maracutaias e tramoias diversas para vender a você ou alguém de sua família algo que contém aproximadamente 60 substâncias cancerígenas.
Você pode estar se perguntando “mas, psicólogo e como eles continuam propagando algo tão ruim para a saúde humana?”
Resposta: Essa indústria, a indústria do tabaco usa de todas as ferramentas possíveis para que você desacredite das comprovações científicas, eles manipulam a opinião pública para revestir-se de uma aparência respeitável e até fraudam processos políticos e legislativos. Sugiro que leiam ao documento “Interferência da Indústria do tabaco”.
Como diante de tudo isso o tabaco chega à sua vida, à vida de sua família? Uma das grandes sacadas são os filmes.
Só pra exemplificar, Sylvester Stallone foi um dos primeiros a aceitar um contrato de 500 mil dólares, garantindo que fumaria em cinco de seus futuros filmes, de Rambo a Rocky IV. Por quê? Isso passa uma imagem que o ato de fumar representa o poder e a força, em vez da doença e da morte.
Com tudo isso, quero chamar a atenção de você, pai, mãe, enfim de nossa sociedade. Quantos filmes você tem visto nos quais os atores aparecem fumando? Diria, a maioria.
É essa mensagem que chega ao seu filho, a todos nós sem que nos importássemos e acabamos achando tudo isso muito normal.
Cigarro é igual a boas aparências, a comportamentos de resiliência, a corpos torneados e tudo mais…
Eis aí o grande perigo, as pessoas literalmente deixam de lado todas as informações que possuem e se deixam levar pelo “prazer de um bom cigarro”.
Precisamos, como diz Antoine de Saint-Exupéry, em sua obra memorável “O pequeno príncipe”, cativar as pessoas. No livro, a raposa se dirige ao Pequeno Príncipe e diz “Eu não posso brincar com você, ninguém me cativou ainda”. O menino então indaga: “O que significa cativar?” E a raposa prontamente responde: “É uma coisa praticamente esquecida por todo mundo, significa criar laços”.
É isso, precisamos criar laços REAIS.
Compreendeu?
Júnior Chisté, psicólogo, escritor e palestrante.
Atende através de videochamada – (49) 9 9987 9071