Cultura da maçã esteve em debate no IDR Palmas

Cultura da maçã esteve em debate no IDR Palmas
Foto: Divulgação
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Na quinta-feira (26), na Unidade do IDR de Palmas, foi realizada a II Jornada Tecnológica da Maçã. Especialistas divulgaram os estudos realizados e a utilização da tecnologia em novas cultivares para os produtores. Convidados de outros municípios também participaram do evento.

O engenheiro agrônomo e Doutorando pela UTFPR, Alexandre Friedrich Ribas, comentou sobre a pesquisa com a maçã, analisando, principalmente, as mudanças climáticas que vem afetando na questão de horas de frio, pois, cada cultivar tem a sua especificidade. “Abaixo de 7,2 graus, não tem esse acúmulo realizado de maneira correta e ocorre dificuldade na produção da maçã”, argumentou ele.

Tecnologia

Informou também que as pesquisas são realizadas com o estudo da genética, ”a parte de fenologia e mudanças climáticas para avaliar essa real necessidade que uma determinada planta precisa para atingir os seus níveis de produção. Busca-se essa precocidade com o baixo requerimento em frio, plantas em torno de 200 a 300 horas, observa-se que haverá algumas que podem ser disponibilizadas para outras regiões do Brasil, ou até mesmo no estado do Paraná. Quando uma planta não atinge as suas necessidades interfere na sua produção”, frisou.

Formação

O engenheiro agrônomo explicou que está fazendo a pesquisa de doutorado no IDR de Palmas, no Programa de Melhoramento Genético da Cultura da Maçã. ”Essa pesquisa, vem sendo realizada com diversos materiais avaliando os parâmetros genéticos contribuindo para a seleção de novas cultivares no IDR de Palmas”, justificou e assinalou que está quase finalizando sua pesquisa de doutorado. ”Realizamos cerca de quatro safras, esses dados ao longo de todos esses anos foram avaliadas algumas características de planta, do fruto e pós-colheita. Todo esse apanhado geral é para termos uma nova seleção e designar novos cruzamentos favorecendo a cultura da maçã”.

IDR/PR

Cultura da maçã esteve em debate no IDR Palmas
Engenheira agrônoma e coordenadora do polo de Pesquisa de Inovação do IDR/PR Norma Kiyota

A engenheira agrônoma e coordenadora do polo de Pesquisa de Inovação do IDR/PR Norma Kiyota, disse que o evento surgiu a partir de uma demanda sobre a maçã, que está sendo discutida em Palmas. “Precisamos ampliar o debate sobre a produção, inclusive para as regiões com baixa necessidade de frio, apresentando cultivares com produção”, acrescentou ela e ressaltou que não é um evento municipal, mas, regional, com agricultores e técnicos de vários municípios.

Cultura da maçã esteve em debate no IDR Palmas
Engenheiro agrônomo e Doutorando pela UTFPR, Alexandre Friedrich Ribas

Destacou também que a Unidade de Pesquisa de Palmas, trabalha, não apenas no melhoramento de novas cultivares de maçã, mas também no manejo e sistemas de condução. “Esse evento é realizado a cada dois anos no sentido de trazer essas novidades”.

Norma relatou ainda que o evento é uma prestação de contas do que o IDR Palmas está apresentando de pesquisa e seus resultados. ”Os participantes tiveram acesso a uma visita técnica para os esclarecimentos e o que foi realizado no IDR de Palmas. Além das palestras foi apresentado a conjuntura do cenário da maçã no Estado. Trabalhamos alguns resultados de pesquisa buscando cultivares nos experimentos e também depois a campo, com a parte de sistemas de condução e melhoramento da maçã no sentido de produção e também para o consumidor no sentido de qualidade do fruto. A Unidade de Palmas é a única unidade onde se consegue produzir as maçãs tradicionais, aquelas com alta necessidade de horas de frio”, afirmou.

Imagem de destaque - TV A Folha
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