Em plena temporada de pinhão, produto do qual o Paraná é o maior produtor nacional, a Copel alerta para os cuidados necessários durante a colheita a fim de evitar acidentes, especialmente em áreas próximas à rede elétrica.
Gilberto Conti, gerente do Departamento de Operações de Campo da Copel na Região Centro-Sul, destaca o risco devido à altura das araucárias, que podem alcançar até 50 metros. “É uma ação ainda mais perigosa quando se trata da proximidade com a rede elétrica”, afirma Conti. “Para a segurança das pessoas, é importante que isso não seja feito em árvores situadas junto a redes de alta tensão, por conta do risco iminente de acidentes fatais”, alerta.
O centro e o sul do Paraná estão entre as maiores regiões produtoras de pinhão no Estado. Conti reforça a importância de avaliar o ambiente antes de escalar uma araucária ou utilizar varas e extensores para alcançar as pinhas. “Araucária é uma árvore protegida por lei e imune a corte. Até mesmo para equipes especializadas, a poda desses exemplares segue cuidados e regras específicas. Se a araucária estiver próxima da rede elétrica, a orientação é de que não seja feita a colheita do pinhão por escalada ou com equipamentos”, acrescenta o gerente.
A Copel destaca que manter distância das redes de energia é fundamental para evitar acidentes fatais. Em caso de emergência, a população pode acionar a linha direta da companhia pelo 0800 51 00 116 e teclar 1 para situações de risco à vida ou acidentes relacionados à rede elétrica.
Confira algumas orientações básicas de segurança:
– Avalie o local da colheita e certifique-se de que as árvores não estejam próximas à rede elétrica.
– Não aproxime varas ou qualquer suporte de postes, cabos de energia e transformadores.
– Evite escalar árvores localizadas próximas à rede elétrica. Caso haja risco, prefira a colheita natural das pinhas diretamente do solo, mantendo-se longe de situações perigosas.
Além da importância para a segurança, a colheita do pinhão tem relevância econômica no Paraná. A semente da araucária, que é árvore símbolo do Estado, gera empregos e movimenta a economia de milhares de famílias. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná, em 2023, o Valor Bruto de Produção (VBP) do pinhão foi de R$ 22,4 milhões no Estado.
As normas de comercialização do pinhão no Paraná estão estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015, que visa conciliar a geração de renda com a proteção da araucária, uma espécie ameaçada de extinção.