O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave para a escolha do sucessor do Papa Francisco terá início na quarta-feira, dia 7 de maio. A Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, tem se destacado como um importante local de culto. No domingo (27), cerca de 70 mil fiéis visitaram o túmulo de Francisco, levando o influente cardeal e teólogo alemão Walter Kasper a comentar: “O povo de Deus já votou no funeral e evocou a continuidade do pontificado dele”.
Entretanto, dentro da Igreja, há quem defenda mudanças. O conclave começará oficialmente na próxima semana, quando os cardeais eleitores ingressarão na Capela Sistina. O local, datado do século 16, foi fechado nesta segunda-feira (28), gerando frustração entre turistas. Pela manhã, 20 cardeais se reuniram em uma sessão preparatória, discutindo temas como a relação da Igreja com o mundo contemporâneo, o diálogo com outras religiões e a questão dos abusos, além das qualidades desejadas no futuro papa.
O cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez declarou: “O próximo papa será inspirado por Francisco: a mesma visão, os mesmos sonhos.” Contudo, a pluralidade das correntes dentro da Igreja pode levar à escolha de um candidato considerado de consenso.
Por outro lado, o italiano Angelo Becciu, condenado por fraude financeira, anunciou que não participará do conclave, mas reforçou sua intenção de provar inocência. A política externa também tem tentado exercer influência sobre a escolha papal. Conforme o jornal francês “Tribune Chrétienne”, o presidente Emmanuel Macron teria sugerido a alguns cardeais evitar optar por um nome conservador, como o do africano Robert Sara. Além disso, Donald Trump foi mencionado como outra figura externa a observar o processo.
No total, 71 países estarão representados na eleição, tornando este o conclave mais internacional da história. Para efeito de comparação, o conclave anterior contou com representantes de 48 nações. Faltando nove dias para o início, quando os cardeais eleitores se isolarem na Capela Sistina, uma frase em latim será amplamente divulgada: “Extra omnes” – “Todos fora”.
