Coletor de lixo conta sua rotina diária e pede mais compreensão das pessoas

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Os moradores exigem uma cidade limpa, sem lixo nas calçadas ou nas vias públicas, para que isso seja possível depende de uma profissão que às vezes não é valorizada, trata-se do coletor de lixo, que faz o recolhimento dos resíduos que são destinados ao aterro municipal e, consequentemente, colabora para que o município continue limpo. Apesar da importância da profissão, infelizmente, a discriminação ainda existe para esta classe.

Para ter uma noção da rotina de um coletor de lixo, a reportagem conversou com o Itamar Vaz, que faz parte do quadro funcional da LFG.

Segundo ele, já faz 15 anos que atua nessa profissão, além de Palmas já trabalhou em outras cidades. “Trabalho de segunda a sábado, o início do turno é às15h30 e não tem horário específico para terminar”, salientou ele e comentou que já está acostumado com essa rotina, sendo que percorre em média cerca de 85 km diários para fazer a coleta. “Já acostumei o corpo, não precisa fazer ginástica”, disse sorrindo.

Comentou também que sofre discriminação, “tem pessoas quando passam pela gente tampam até o nariz, não sei porque tanta ignorância, estamos limpando a sujeira que eles mesmo fazem. As pessoas também colocam cacos de vidro no lixo normal, os cachorros avançam ou rasgam as sacolas com o lixo. Peço que colaborem e nos valorizem, nosso dia a dia é corrido, às vezes estamos brincando ou dando risada, mas, não é um trabalho fácil, é para quem precisa”, afirmou.

Gratidão

O coletor destacou que se sente grato pelo seu trabalho em deixar a cidade limpa e proporcionar bem-estar as pessoas. “Se todos olham-se por este lado seria mais gratificante, as crianças dão adeus, essa é uma alegria muito grande. E também chegar em casa e ver a família é muito bom”.

Natal

“É uma data boa para nós, ficar com a família e os parentes, se reunir, ter um almoço diferente e a Ceia de Natal, isso é importante, muito bom nestas datas importantes, Natal e Ano Novo”, pontuou, porém, revelou que no dia (26), o trabalho é redobrado, “vamos até umas 04h da manhã, apesar disso é gratificante, pois, passamos um Natal alegre e feliz”.

Imagem de destaque - TV A Folha