O CNU (Concurso Público Nacional Unificado), conhecido como o Enem dos concursos, oferecerá 3.352 vagas em sua edição de 2025, com salários iniciais que podem chegar a R$ 16 mil. Conforme o calendário divulgado nesta segunda-feira (28), a previsão é de que as inscrições comecem em julho. As provas serão realizadas em duas fases: a primeira em outubro e a segunda em dezembro.
Serão 2.180 vagas imediatas, incluindo 1.672 para cargos de nível superior e 508 para nível intermediário. Outras 1.172 vagas estarão no grupo denominado ‘provimento de curto prazo’, cujo número definitivo ainda está sendo calculado. Apesar da nomenclatura, o governo informou que os aprovados em ambos os grupos serão chamados simultaneamente.
Entre as oportunidades, estão previstas 250 vagas para analista técnico de desenvolvimento socioeconômico e 250 para analista técnico de defesa e justiça, ambas no Ministério da Gestão. Outras vagas estarão distribuídas por ministérios como o do Desenvolvimento Agrário (64), da Pesca (34) e da Fazenda (30). Agências reguladoras, como ANM (Agência Nacional de Mineração) com 80 vagas, ANP (Agência Nacional de Petróleo) com 66 e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) com 60, também foram contempladas. As posições estão distribuídas entre 35 órgãos e organizadas em nove blocos temáticos. De acordo com o governo, o objetivo da seleção é ajustar a força de trabalho com base nas demandas da população e nos serviços públicos que precisam ser entregues.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, ressaltou a importância da contratação de novos servidores para sanar perdas geradas por aposentadorias. Entre 2010 e 2023, 246 mil servidores se aposentaram, e a estimativa é de que mais 180 mil atinjam a inatividade nos próximos dez anos. ‘É possível aliar a responsabilidade fiscal a um bom serviço público federal, mantendo uma entrada contínua e evitando uma coisa muito ruim que são aqueles ciclos geracionais, com um concurso a cada dez anos’, destacou.
Ainda sobre as mudanças no formato do concurso, a edição de 2025 contará com provas realizadas em dois dias distintos. A primeira fase, composta por uma prova objetiva, será no dia 5 de outubro, enquanto a segunda etapa, discursiva, está programada para 7 de dezembro. Os candidatos habilitados serão selecionados com base no número de vagas, sendo convocados nove vezes o número de posições disponíveis para cada cargo em ampla concorrência e cotas.
Esther Dweck explicou que a separação das provas permitirá uma avaliação mais profunda, com mais questões e maior rigor nas análises. ‘A nossa visão é ter uma prova discursiva mais longa e fazer a prova num dia separado para também ter mais questões na prova objetiva’, pontuou. Outra novidade será a adoção de códigos de barras personalizados em cada página dos exames, como medida de segurança contra fraudes.
As inscrições e o edital do concurso estão previstos para julho de 2025, e os resultados finais serão divulgados em fevereiro de 2026. As provas serão aplicadas em 228 cidades, e a correção será completamente automatizada para preservar a confidencialidade dos candidatos.
Na edição anterior, realizada em 2024, o CNU foi o maior concurso público da história. Contou com 2,1 milhões de inscritos para 6.640 vagas em 21 órgãos, com salários iniciais de até R$ 22,9 mil. Desses, 970 mil participaram das provas e 52% dos aprovados não tinham experiência no setor público. Mais de 4.300 aprovados nesse concurso de 2024 já tiveram as nomeações autorizadas pelo governo federal. Apesar das coincidências temporais, as seleções de 2024 e 2025 são independentes, com validade de dois anos para cada.
Calendário previsto do CNU 2025:
– Edital e inscrições: Julho/25.
– Prova objetiva: 05/10/25.
– Prova discursiva: 07/12/25.
– Divulgação do resultado final: Fevereiro/26.