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Aumento de casos de coqueluche: crianças são grupo de risco

Aumento de casos de coqueluche: crianças são grupo de risco
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Manter o cartão de vacinas atualizado é o primeiro passo na prevenção contra a infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, responsável pela coqueluche. A falta de imunização unida às temperaturas mais baixas torna a circunstância propícia para a doença se espalhar com mais facilidade: o número de casos confirmados no Distrito Federal saltou de 8 para 44 em apenas um mês segundo a Secretaria de Saúde (SES).

Transmitida pelo ar, a bactéria pode infectar qualquer pessoa, mas sua forma grave aparece em crianças de até 1 ano. Mesmo com tratamento, a evolução da doença no organismo pode levar à óbito. O Brasil estava há 3 anos sem registrar nenhuma morte por coqueluche, até o dia 25 de julho, quando a Secretaria de Saúde do Paraná confirmou a primeira vítima, um bebê de 6 meses. Esse grupo é mais suscetível à contaminação por não ter anticorpos suficientes para combater a infecção.

Segundo o Ministério da Saúde, desde que a doença foi detectada no Brasil, 61% dos casos confirmados foram de crianças de até 1 ano de idade e, desses, 87% tinham menos de 6 meses de vida. Para evitar o avanço da bactéria, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacinas contra a coqueluche gratuitamente. No DF, os locais de vacinação estão disponíveis no site da Secretaria de Saúde.

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Os esforços para frear a infecção pela coqueluche reflete a preocupação com uma possível epidemia no Brasil, já que cenários parecidos têm aparecido no exterior. Boletim Epidemiológico divulgado pela União Europeia em maio mostrou o aumento de infecções pela bactéria em 17 países. Desde junho o Ministério da Saúde tem alertado sobre o risco para que a vacinação seja intensificada.

O último surto de casos da doença no Brasil se deu em 2014, quando 8.614 pessoas tiveram resultados positivos para coqueluche. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país chegou a ter mais de 40 mil casos em um ano, no início da década de 1980. Graças à vacinação, o número de infectados seguiu caindo, com algumas oscilações ao longo dos anos.

O exame para detectar a bactéria em casos de suspeita da doença é realizado pelo meio de laboratório, com a coleta de secreção na região entre o nariz e a faringe. O teste está disponível no Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF). A coleta deve ser feita antes do uso de antibiótico, que é o tratamento dado em casos positivos para a bactéria, ou em até 3 dias após o início da medicação.

PREVENÇÃO

O Ministério da Saúde adverte que a principal medida de prevenção é a vacinação. Nas crianças, a imunidade é atingida após a aplicação da terceira dose. Para isso, é necessário tomar a pentavalente em dois momentos: no 2º mês de vida e, novamente, no 15º mês. Além da coqueluche, a pentavalente atua na prevenção de uma série de outras doenças como: a difteria, o tétano, a hepatite B, entre outras. A terceira dose, já aos 4 anos de idade, é aplicada por meio do imunizante chamado tríplice bacteriana (DTP). E, para cada gestação, deve ser feita uma nova imunização na gestante por meio da vacina dTpa, tríplice bacteriana acelular do tipo adulto. Esse mesmo reforço é dado aos profissionais de saúde.

Outros métodos de prevenção contra a coqueluche se igualam aos utilizados para evitar doenças respiratórias como um todo: uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações.

O QUE É A COQUELUCHE

Também conhecida como Tosse Convulsa, o coqueluche é uma doença bacteriana transmitida pelo ar. A pessoa não infectada ao inalar gotículas de saliva expelidas pela tosse, pelo espirro ou fala do doente se contamina e, em até 10 dias, começa a manifestar os primeiros sintomas que são facilmente confundidos com uma gripe comum: corrimento nasal (coriza), febre, mal-estar e tosse seca.

Nas semanas seguintes, as crises de tosses tornam-se mais frequentes e podem provocar estreitamento da glote, causando a sensação de asfixia, também chamado de guincho inspiratório. No período final dos sintomas, que duram cerca de 10 semanas, os acessos de tosses desaparecem e são substituídos por tosses mais amenas, voltando a se parecer com as de uma gripe comum.

As informações sobre a coqueluche estão disponíveis no site do Ministério da Saúde, no glossário Saúde de A a Z disponibilizado para informar a população sobre sintomas, diagnósticos, exames, tratamentos, causas, prevenção, vacinação.

Com informações Jornal de Brasília

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