Atividade econômica cresce 1,3% no 1º trimestre e Selic é mantida em 14,75% ao ano

Atividade econômica cresce 1,3% no 1º trimestre e Selic é mantida em 14,75% ao ano
Marcello Casal JrAgência Brasil
ALEP - PARANÁ COM TUDO E COM TODOS (copy at 2025-06-02 15:42:55)
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A atividade econômica no Brasil registrou alta no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) teve aumento de 1,3% de janeiro a março em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2024), conforme dados dessazonalizados (ajustados para o período). Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o índice registrou crescimento de 3,7%, sem ajuste sazonal.

Considerando somente o mês de março deste ano, o IBC-Br subiu 0,8% em relação a fevereiro. Em comparação com março de 2024, o aumento foi de 3,5% (sem ajuste sazonal). No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em 3,7%, enquanto, em 12 meses, apresentou alta de 4,2%.

O IBC-Br é uma ferramenta que avalia a evolução da atividade econômica nacional e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na definição da taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 14,75% ao ano. O índice reúne informações sobre o nível de atividade de importantes setores econômicos, como indústria, comércio, serviços, agropecuária, além do volume de impostos.

A Selic é utilizada como principal instrumento do Banco Central para atingir a meta de inflação. Quando a taxa básica de juros é elevada pelo Copom, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que gera impacto nos preços, já que os juros mais altos tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança. Por outro lado, taxas mais altas podem dificultar a expansão econômica. Quando a Selic é reduzida, a tendência é de crédito mais acessível, estimulando produção e consumo, mas com menor controle sobre a inflação.

Em abril, a inflação oficial no Brasil encerrou em 0,43%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos e produtos farmacêuticos. Este resultado sinaliza desaceleração inflacionária pelo segundo mês consecutivo, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontar alta de 1,31% em fevereiro e 0,56% em março. No acumulado de 12 meses, a inflação é de 5,53%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Devido à alta nos preços dos alimentos, energia e às incertezas sobre a economia global, o Banco Central elevou os juros em 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom deste mês. Este foi o sexto aumento consecutivo da Selic em um ciclo de medidas de contração monetária. Em comunicado, o Copom declarou que “o clima de incerteza permanece alto” e que a prudência continuará guiando suas decisões relacionadas à taxa básica de juros. Não ficou claro o que pode ocorrer na próxima reunião, prevista para junho.

O IBC-Br, divulgado mensalmente, utiliza metodologia distinta da aplicada na medição do Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira publicado pelo IBGE. Segundo o Banco Central, o IBC-Br “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária”, mas não serve como uma prévia direta do PIB. O PIB, por sua vez, corresponde à soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento, com a maior expansão desde 2021, quando atingiu 4,8%.

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Imagem de destaque - TV A Folha