A Associação dos Catadores de Palmas (Ascap), funciona em um barracão na Área Industrial do município. Para saber a rotina diária dos associados a reportagem foi conhecer o espaço e o trabalho desenvolvido.
Os 13 associados se dividem no trabalho de separação dos materiais e também para carregar o caminhão. Ao todo, a Ascap comercializa mensalmente 16 toneladas de materiais recicláveis.
A Associada e Tesoureira, Rosinha Aparecida Almeida Castro, revelou que faz três anos que está na associação. “Ajudo a classificar e as vezes enfardo os produtos e auxilio para fazer a carga no caminhão, sempre um está ajudando o outro”, disse ela e apesar das dificuldades está com o sorriso estampado no rosto, mencionou que não há dificuldades no dia a dia, “aqui todo mundo se dá bem e se respeita”.
Comentou ainda que na coleta os associados tomam alguns cuidados, dependendo dos materiais que devem ser separados, “as vezes vem agulhas, que são enviadas para o descarte, nem vai para o aterro sanitário”.
Rosinha pediu encarecidamente para que as pessoas separem o lixo corretamente que facilita o trabalho dos associados, “vem bastante misturado, inclusive com caco de vidro”.
O Presidente da Ascap, Hélio Braga, explicou que o trabalho iniciou em 2020, desde esse período vem evoluindo. Convidou a população para conhecer o local e também se conscientizar para a separação do lixo de maneira correta, contribuindo com os catadores e com o meio ambiente. “Os materiais vem misturado, é passado na esteira e fazemos a separação dos materiais que serão vendidos. Os materiais descartáveis vão direto para o aterro sanitário, o caminhão vem buscar três vezes por semana”.
Braga, explicou também que, das 24 toneladas de materiais que chegam na Ascap, após todo processo de seleção, 10 toneladas são de sujeira e o restante é comercializado.
O engenheiro ambiental do departamento de Meio Ambiente, Tiago Demczuk, ressaltou que seu departamento tem um papel de suporte com apoio técnico e também toda a parte estrutural, com o pagamento do aluguel do barracão, insumos, água, luz, etc. “Toda coleta seletiva realizada no município é destinada para a Ascap”, destacou ele e esclareceu que atualmente a associação tem 13 associados. “Essas famílias conseguem sua renda, sua sobrevivência desse trabalho. Antigamente, os carrinheiros faziam a coleta na rua, uma questão insalubre, diferente do que ocorre hoje, os maquinários são modernos, eles recebem um salário digno e contribuem com o meio ambiente”.