Adolescente é morta em escola após receber bilhete com ‘sentença de morte’ em Uberaba (MG)

Adolescente é morta em escola após receber bilhete com 'sentença de morte' em Uberaba (MG)
Arquivo pessoal.
ALEP - PARANÁ COM TUDO E COM TODOS (copy at 2025-06-02 15:42:55)
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O crime ocorreu no dia 8 de maio, em uma escola particular de Uberaba (MG). Nesta terça-feira (20), a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou detalhes do caso. Melissa Campos, de 14 anos, foi vítima de um ataque fatal depois de receber um bilhete de um colega de sala, que continha uma ‘sentença de morte’.

Imagens de câmeras de segurança revelaram o momento em que Melissa lia o bilhete enquanto o agressor se aproximava. Ele esfaqueou a adolescente no coração. Inicialmente, foi informado na imprensa que a arma utilizada seria uma tesoura, mas, em entrevista coletiva, a polícia corrigiu o dado, confirmando que se tratava de uma faca. ‘O autor tomou a vítima de surpresa, desferindo um golpe de faca no seu coração. Antes, entregou a ela uma sentença de morte em que informava que ela seria condenada à morte por estrangulamento, mas acabou usando uma faca’, relatou o delegado Cyro Moreira, da Polícia Civil de MG.

A polícia foi acionada após o crime. O primeiro a chegar ao local foi um delegado, pai de uma aluna, que prontamente chamou reforços. Melissa chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Enquanto isso, o agressor deixou a sala de aula caminhando antes da chegada dos policiais. Ele foi localizado horas depois na rodovia AMG-2595, com o auxílio de uma denúncia anônima. Ao ser apreendido, o adolescente confessou o crime, indicando que a faca estava cravada em uma árvore. Ele também citou o nome de outro colega envolvido no ataque.

De acordo com o delegado Cyro Moreira, a participação do segundo adolescente foi confirmada por análises de imagens de câmeras de segurança e dos cadernos dos jovens. O autor do esfaqueamento foi levado para a delegacia de Uberaba, acompanhado pelo pai, e o segundo envolvido foi apreendido dois dias depois. Ambos estão internados provisoriamente em um centro de atendimento socioeducativo enquanto aguardam o julgamento.

A investigação concluiu que não houve nenhum histórico de bullying, racismo ou problemas anteriores entre os estudantes que justificasse o crime. ‘A vítima foi escolhida a esmo pelo primeiro autor e agora eles serão responsabilizados pela Vara da Infância’, declarou Moreira. Além disso, não foram encontrados indícios de planejamentos para um massacre. ‘Havia um plano que partia principalmente da mente do primeiro envolvido. Ele queria uma vítima específica, que foi escolhida no dia. Por isso, afirmamos que não existe uma lista [de vítimas]. O que houve foi o planejamento de um ato infracional análogo ao homicídio’, explicou o delegado.

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Imagem de destaque - TV A Folha