Três acusados de participação na chacina que deixou sete paranaenses mortos, incluindo palmenses, foram condenados. O crime ocorreu no dia (08) de janeiro de 2023, em Joinville, (SC). Somadas, as penas ultrapassam os 350 anos de prisão. Os réus foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por tirar a vida de sete pessoas e atentar contra outras três, por acharem que elas eram integrantes de uma facção criminosa rival.

Os acusados também foram condenados pelos crimes conexos de sequestro, cárcere privado, participação em organização criminosa, dano qualificado de automóvel e ocultação de cadáver.
Foram aplicadas as seguintes penas aos réus: Charles Willian Rodrigues Delfes, 87 anos, seis meses e três dias de reclusão em regime fechado; Jackson José da Silva, 127 anos e 14 dias de reclusão em regime fechado, 10 meses e 22 dias de detenção, além de 120 dias-multa, equivalente a R$ 5.280; e Márcio Delfino da Rosa a 137 anos, três meses e 18 dias de reclusão em regime fechado e um ano de detenção e 124 dias-multa (R$ 5.456). Um quarto acusado julgado na mesma sessão, foi absolvido pelo Conselho de Sentença. Os outros cinco réus denunciados pelo MPSC neste mesmo processo serão julgados no mês de julho. O caso
De acordo a acusada, um dos trabalhadores foi até um bar, onde se desentendeu com uma mulher integrante de um grupo criminoso. Ela entendeu que ele era de uma organização rival. Porém, as vítimas não pertencem a nenhum grupo criminoso.
Depois, o trabalhador voltou à casa em que morava com os demais colegas para se esconder dela. Na casa, estavam 10 trabalhadores. Os criminosos impediram que eles saíssem sem autorização. O trabalhador que ofendeu a mulher foi morto e colocado dentro do porta-malas de um carro. As demais vítimas foram amarradas e colocadas em três automóveis.
No caminho, porém, um dos carros estragou, o que possibilitou que os três trabalhadores que estavam no veículo pudessem escapar. As demais vítimas foram mortas a tiros. Depois, os réus colocaram fogo nos carros.
Palmas
Dona Maria de Alexandre Camargo, moradora do bairro Eldorado em Palmas, teve seu filho, Marcos Machado, morto nesta chacina. A época a reportagem a entrevistou, mesmo em choque fez seu relatou e deixou explicita a dor que estava sentindo pela perda do filho.

A mãe revelou ainda que Marcos morava com ela, pois, era separado da mulher e tinha dois filhos menores. “Ele passou o Natal e a virada do Ano comigo, quando não estava trabalhando ficava aqui, me ajudava a fazer as coisas. Sempre foi um piá trabalhador, desde pequeno, era o nenê da casa. Morreu no serviço, não tinha intrigas com ninguém”, assinalou ela.
Liberação
Por conta do estado das vítimas, a identificação foi possível após familiares cederem amostras para exames de DNA. O corpo de Marcos foi liberado para o sepultamento 30 dias após o crime.
Fonte: ND+/Redação.