Aos 98 anos, idoso realiza sonho de conhecer as Cataratas do Iguaçu: ‘Agradeceu a Deus com emoção’

Aos 98 anos, idoso realiza sonho de conhecer as Cataratas do Iguaçu: 'Agradeceu a Deus com emoção'
Colaboração/Banda B
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O rosto molhado pela água das Cataratas do Iguaçu não escondia a emoção. Aos 98 anos, Antonio Virmond sentiu a vida mais forte novamente. Ele realizou um desejo que carregava por toda a vida: conhecer uma das maravilhas naturais do mundo. O momento foi registrado no dia 10 de julho, mas a história começou meses antes, com uma simples cartinha de Natal.

A carta foi escrita no Lar dos Idosos Recanto do Tarumã, em Curitiba, onde ele vive há mais de 15 anos. Participando da campanha de fim de ano promovida pela instituição, Antonio não pediu roupas, comidas ou presentes. Pediu algo maior. “O sonho dele era conhecer as Cataratas do Iguaçu”, conta a assistente social Jocélia Pires Lopes, que há 25 anos trabalha no Recanto. A equipe técnica da casa de acolhimento se mobilizou. Foram atrás de apoios, organizaram o cronograma, pensaram na segurança e bem-estar do idoso. E fizeram acontecer.

No dia da visita, ao se deparar com a força das águas, Antonio se emocionou profundamente. “Ele se emocionou muito a hora que a água bateu no rosto dele, nos cabelos brancos dele, molhou um pouco. Ele ficou muito emocionado e ergueu a mão para o céu e agradeceu a Deus por ele ter realizado esse sonho dele”, detalhou a assistente social.

A viagem teve ainda outros momentos marcantes. Acompanhado pelos amigos de convivência Antonio Stascovian e Flávio Nunes, Antonio também visitou o Parque das Aves, a Usina Hidrelétrica de Itaipu e fez um passeio cultural no Paraguai. Tudo planejado com carinho por uma equipe multidisciplinar — formada por assistentes sociais, psicóloga e nutricionista — para garantir conforto e segurança durante cada passo do caminho.

Mais do que uma simples viagem, essa experiência foi, como definiu a equipe do Lar dos Idosos, “um resgate da dignidade, do afeto e do direito de sonhar em qualquer idade”. E os impactos dessa ação vão além das Cataratas. “O que a gente viu com o seu Antonio é que não tem idade para realizar sonhos. Agora, devido a toda essa repercussão que deu, a gente vai tentar realizar mais sonhos dos pedidos dos nossos idosos aqui do lar. Faz toda a diferença para eles e para os outros idosos também.”, comentou Jocélia.

A história de Antonio Virmond é um lembrete poderoso: nunca é tarde para sonhar — e, mais do que isso, nunca é tarde para fazer acontecer. Afinal, quando o desejo de viver se alia ao cuidado e ao amor, até o mais antigo dos sonhos pode, enfim, se realizar.

Imagem de destaque - TV A Folha